O pré-candidato a prefeito de Teresina pelo partido Unidade Popular (UP), Santiago Belizário, criticou nesta segunda-feira (15), em entrevista ao GP1, a percepção de que apenas as pré-candidaturas de Fábio Novo (PT) e Sílvio Mendes (União Brasil) sejam as únicas opções para a cidade. Segundo Belizário, essa visão é uma tentativa de convencer a população de que não há outras alternativas. Ele ainda destacou que ambos os projetos são prejudiciais ao povo teresinense.
Santiago destacou também que espera fazer uma pré-campanha com boas expectativas, mas que primeiro a Unidade Popular deve enfrentar a desigualdade no processo eleitoral, especialmente em termos de financiamento e acesso aos meios de comunicação.
“Nós temos boas expectativas [sobre a pré-candidatura], principalmente de avançar na organização, de uma alternativa popular aqui na cidade A gente sabe que de certa forma existe uma tentativa de convencer o povo de que só existem duas pré-candidaturas [a de Fábio Novo e Sílvio Mendes], só vão existir duas candidaturas, duas alternativas, mas que a gente sabe que os dois projetos que estão colocados são projetos anti-povo e que não existem só essas possibilidades de pensar e de propor sobre a cidade de Teresina Também sabemos que é um processo profundamente desigual porque o PL, vai ter aí quase R$ 1 bilhão, R$ 900 milhões é só do fundo eleitoral, nós teremos só três milhões para o país inteiro, sem tempo de TV, sem tempo de rádio, sem fundo partidário, então é uma corrida que é profundamente desigual, mas que de certa forma também demonstra a importância de ter uma alternativa como a UP”, declarou o pré-candidato.
O pré-candidato também criticou a falta de conexão das lideranças políticas com os problemas reais da população. Ele afirmou que quem toma decisões sobre transporte, educação e saúde não utiliza esses serviços, resultando em políticas públicas que não atendem às necessidades do povo.
“Quando a gente olha para Teresina e para as cidades, de forma geral, quem pensa sobre transporte, quem pensa sobre educação, quem pensa sobre saúde não utiliza esses serviços. Então quem pensa hoje, decide sobre transporte, não pega um ônibus. Quem decide sobre educação, seu filho não tá matriculado numa escola da rede municipal, quem hoje decide sobre saúde e não enfrenta a fila do SUS, não sabe o que é passar por uma emergência e não ter o medicamento no hospital, faltar insumos. Não sabe que o profissional tem baixa remuneração, então não está preocupado porque não precisa de um serviço de qualidade que consiga levar excelência para o nosso povo. E a gente está cansado de passar sobre isso e do povo ser chamado a votar, mas não é chamado a ser poder e a decidir sobre os rumos da cidade”, ressaltou Santiago.
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