Thais Guimarães
O Banco do Brasil, representado por dois advogados, ingressou com notícia crime contra três funcionários de uma agência de Teresina, acusados de promoverem um rombo de R$ 1,4 milhão à instituição financeira, por meio de operações de créditos fraudulentas. A denúncia foi protocolada nessa segunda-feira (13) e tramita na Vara de Delitos de Roubo da Comarca de Teresina.
A notícia crime se baseou em auditoria interna realizada pelo banco ainda em 2023, que detectou liberações de crédito em benefício de terceiros, sem autorização dos respectivos mutuários, mediante atualizações cadastrais com informações e documentos irregulares.
O montante liberado irregularmente foi de R$ 1.493.717,44 (um milhão, quatrocentos e noventa e três mil, setecentos e dezessete reais e quarenta e quatro centavos). Houve contestação formal de clientes para 49 liberações, enquanto os demais mutuários ainda serão oportunamente contactados, para avaliação das liberações que até agora não foram contestadas.
Segundo a auditoria, os créditos foram liberados para 14 empresas – todas, atualmente, em situação de inadimplência, todas elas vinculadas à carteira de clientes de algum dos três funcionários denunciados.
Uma dessas empresas, registrada com a atividade principal de lanchonete, foi a destinatária de 31 créditos, que totalizam R$ 738.845,48.
Pedidos
O Banco do Brasil pediu, na notícia crime, que a Justiça abra vista ao Ministério Público, para o oferecimento de denúncia, se for o caso. Também requereu autorização para fornecer todos os documentos e as informações necessárias à polícia, caso o Poder Judiciário determine investigação policial.
Certidão
Na mesma data em que foi protocolada a notícia crime, a analista judiciária da Vara de Delitos de Roubo certificou que o processo já estava concluso para decisão de urgência.
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