O vereador Dudu (PT) fez uma avaliação, nessa quinta-feira (27), dos trabalhos realizados até agora pela CPI do Transporte na qual ele é presidente. Ele destacou que já é possível dizer que tanto a Prefeitura de Teresina quantos os empresários descumpriram o contrato assinado para a execução dos serviços.
“Houve descumprimento de ambas as partes desde o início da execução do contrato, e isso é grave, tem empresa que hoje executa a licitação que não estava no certame de 2014 e isso foi dito aqui pelos empresários”, afirmou o vereador.
Ainda de acordo com Dudu, os empresários que já depuseram na CPI disseram que atualmente as empresas possuem uma média de 40 ônibus que estão parados e que 10 ônibus estão operacionalizando.
“Os empresários afirmaram ainda que não sabem quanto arrecadam por mês, quanto tem de receita, não sabem quanto receberam ao longo desses 4 acordos feitos com a prefeitura na gestão anterior, não sabem quanto faturaram até agora em 2021. É estranho um empresário dizer que não sabe quanto tem de receita, no mínimo é estranho”, destacou o vereador.
A CPI vai solicitar informações às empresas sobre como está o quadro e pagamento de funcionários, o recolhimento dos encargos trabalhistas. “Queremos saber como está sendo feita toda essa operacionalização das empresas, da legalidade das empresas, como está o emplacamento dos veículos, a frota e o ano dessa frota se não está fugindo da regra da licitação, todas essas informações estamos colhendo para confrontar com o que foi dito pelos empresários”, completou o parlamentar.
Sobre a empresa que está operando em Teresina sem ter participado da licitação, Dudu informou que trata-se da Premium Ltda, de propriedade do Cláudio Onor. “Vamos convocar esta empresa, já mandei a notificação para ela ser ouvida na CPI, essa empresa opera no Consórcio Poty, ela começou a operacionalizar porque a gestão anterior simplesmente disse para os empresários se virarem e encontrarem um investidor para que mantivessem os ônibus com ar-condicionado, que está previsto na licitação, e a média de ano da frota, e eles simplesmente pegaram essa empresa e trabalharam com ela de 2017 até 2018 na ilegalidade total e depois de 2018 essa empresa continuou com anuência do poder público, da gestão anterior”, explicou Dudu.
“Serão convocados os ex-gestores da Strans para prestar esclarecimentos para que possam dizer como foi feito esse ‘engembramento’ dessa empresa”, concluiu.
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