O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria nesta terça-feira (25) para condenar a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) a 5 anos e 3 meses de prisão e perda de mandato por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal. O episódio ocorreu em 2022, na véspera do segundo turno da eleição presidencial, quando a parlamentar perseguiu um homem pelas ruas de São Paulo (SP) com a arma em punho.
A maioria foi formada com o voto do ministro Dias Toffoli, que antecipou seu parecer, mesmo após o pedido de vista de Nunes Marques, que suspendeu o julgamento nessa segunda-feira (24) após pedir mais tempo para analisar o processo. Nesses casos, é permitido aos ministros antecipar os votos, o que também fez Cristiano Zanin. Entretanto, o julgamento somente é encerrado após aquele que pedir vista devolver o processo, dentro de um prazo de até 90 dias.

Além de Toffoli e Zanin, votaram pela condenação de Carla Zambelli os ministros Alexandre de Moraes, Flávio Dino e a ministra Cármen Lúcia.
Bolsonaro atribuiu derrota a Zambelli
Em entrevista ao podcast Inteligência Ltda, nessa segunda (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) atribuiu sua derrota nas urnas em 2022 à atitude da aliada. “Aquela imagem da Carla Zambelli da forma que foi usada, perseguindo o cara lá. Teve gente [que pensou]: ‘olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. Ela tirou o mandato da gente”, disse Bolsonaro.
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