No inquérito que investiga Michel Temer (MDB), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra dos sigilos telefônico e telemático dos suspeitos de serem intermediários para o recebimento de propina para o presidente da república. O pedido foi feito pela Polícia Federal.
A quebra dos sigilos afeta dois aliados de Temer, o ex-deputado Rodrigo da Rocha Loures (MDB), que foi assessor do presidente, e o coronel João Baptista Lima, amigo de longa data do chefe do executivo nacional. Também foram afetados com a decisão o dono da Rodrimar, Antônio Celso Grecco, e o diretor da empresa, Ricardo Mesquita.
- Foto: Marcelo Cardoso/GP1 Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso
A decisão, do dia 27 de fevereiro, é com base em um inquérito que trata sobre irregularidades elaboração da Medida Provisória 595, conhecida como a MP dos Portos, que teria sido editada com o objetivo de favorecer a empresa Rodrimar que atua no Porto de Santos.
Com a quebra dos sigilos, a Polícia Federal espera conseguir mais informações sobre a atuação dos investigados. Um e-mail enviado por Antônio Greco para um escritório de advocacia sobre pagamento de valores foi encontrado na residência de Rocha Loures, o que levantou suspeitas sobre o motivo daquelas informações estarem em posse do deputado. Isso acabou dando início a investigação. Também foram encontrados muitos telefonemas considerados suspeitos, envolvendo Temer e o coronel Lima, que agora estão sendo investigados. As quebras de sigilo abrangem o período de 2013 a 2017.
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