A Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo revelou que o Primeiro Comando da Capital (PCC) conseguiu infiltrar três grupos de policiais nas Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota). Os integrantes da tropa de elite foram usados para eliminar rivais de forma disfarçada, transmitir informações sigilosas sobre operações e até escoltar líderes da facção criminosa. A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S. Paulo.
As investigações mostram que os policiais envolvidos atuavam como uma quadrilha estruturada, com funções bem definidas. Todos estavam cientes das atividades ilícitas que realizavam e foram acusados de integrar uma organização criminosa.
Um caso do esquema foi a morte de um criminoso identificado como Guinho, que havia participado do plano de sequestro do ex-ministro Sérgio Moro (União Brasil - PR). Após ter sua morte decretada pelo PCC, Guinho buscou proteção junto a policiais, sem saber que eles também faziam parte da facção.
Os investigadores apontam que alguns policiais recebiam pagamentos mensais desde 2021, como parte de um acordo iniciado após o contato com Emivaldo da Silva Santos, membro da cúpula do PCC. Emivaldo, que falhou em uma missão, passou a colaborar com a Justiça e revelou informações que ajudaram a desvendar o esquema.
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