A Justiça determinou nessa segunda-feira (02) a prorrogação das prisões temporárias de sete dos 17 alvos da Operação Cribelo, que desarticulou um grupo criminoso suspeito de fraudar exames práticos do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Piauí, para a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) no órgão. Quatro deles são examinadores do Detran-PI.
A Coluna apurou que os investigados Valdirene Silva Reis dos Santos, Maria de Jesus Rodrigues de Sousa (examinadora), Carmem Maria da Silva (examinadora), Aguinaldo Lucio Barros, Francisco Alves da Costa, Eliane Morais de Abreu (examinadora), Jorge Henrique Rocha Cavalcante (examinador) tiveram as prisões prorrogadas por mais 05 dias, em razão de os citados não terem colaborado com a autoridade policial, que representou pela prorrogação da medida cautelar.
Outros três presos, que estavam reclusos desde a deflagração da Operação Cribelo, foram soltos, tendo em vista que Polícia Civil entendeu que a prisão temporária alcançou seu objetivo de trazer novos elementos à investigação em curso.
Como funcionava o esquema
A investigação revelou que instrutores de uma autoescola orientavam o aluno sobre como se comportar durante o exame para obter a Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Em um áudio, ela afirmou que o candidato deveria pagar um valor em dinheiro para ser aprovado e que repassaria uma parte dessa quantia aos examinadores do DETRAN-PI.
A Polícia Civil conseguiu registrar um dos examinadores do DETRAN recebendo discretamente um papel de um despachante do setor de CNH, evidenciando a troca de favores envolvendo o pagamento para aprovação no exame. “Foi possível identificar que o candidato estava com a mão esquerda marcada para ser reconhecido pelos examinadores. A investigação não deixa dúvidas de que ele pagou uma quantia em dinheiro para ser aprovado no exame”, explicou o delegado Roni Silveira.
Os investigados deverão responder pelos crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa.
Rapidinhas
Atividades da autoescola CFC Theresina continuam suspensas
Por determinação judicial, as atividades comerciais da autoescola CFC Theresina permanecem suspensas, enquanto perdurarem as investigações sobre a obtenção por meio de fraude, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Criada há pouco mais de 2 anos, a investigação revelou que os instrutores da autoescola CFC Theresina orientavam os alunos sobre como se comportar durante o exame prático para se obter a CNH. Em um áudio, obtido pelos investigadores, um dos instrutores afirmou que o aluno deveria pagar um valor em dinheiro para ser aprovado e que repassaria uma parte dessa quantia aos examinadores do DETRAN-PI.
Acusado de matar homem em Centro Cultural será ouvido pelo DHPP
O Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) vai ouvir Gustavo dos Santos, o suposto vigia preso na manhã dessa terça-feira (03), acusado de matar um homem dentro do Centro Cultural do Centro.
Para a Polícia Civil, a versão apresentada por ele, de que três pessoas haviam invadido o local no momento em que ele fazia a guarda do estabelecimento é divergente dos depoimentos colhidos de pessoas que vivem na região e apontaram que tanto o suspeito quanto a vítima estavam fazendo uso de entorpecentes no estabelecimento.
Os policiais recolheram um pedestal que, supostamente, foi utiizado para atingir a cabeça da vítima, que teve morte imediata em função da agressão.
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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