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Joice Hasselmann quer criar bancada pró-Lava Jato no Congresso

Em carta aberta a todos os deputados, parlamentar de São Paulo eleita na esteira do bolsonarismo e ex-aliada do Planalto afirma que CPI contra a operação vai levar ao anulamento de provas e p

A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP) acusou a Câmara dos Deputados de promover um ‘levante’ contra a Operação Lava Jato e se prontificou a criar uma bancada parlamentar de defesa da operação. Eleita na esteira do bolsonarismo mas ex-aliada do Planalto, a parlamentar enviou carta aberta aos colegas em que critica a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) contra a Lava Jato.

Segundo Joice, a atuação das forças-tarefas contra ‘o mais alto escalão’ da República acarretou ‘revanchismo’ contra os seus integrantes e uma ‘mobilização de forças’ contra a operação.


“Na Câmara dos Deputados há um levante em andamento contra a operação Lava Jato para forçar a criação e instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito – CPI, no claro intuito de enfraquecê-la a ponto de anular provas e perseguir juízes e promotores, que trabalharam arduamente no combate à corrupção nesse país, mas em particular e como alvo o ex-juiz Sérgio Moro e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa em Curitiba”, afirmou Joice.

A deputada pede que os colegas criem uma ‘Bancada em Defesa da Lava Jato’, para barrar medidas do Congresso contra a operação.

A criação de uma CPI para apurar os métodos de trabalho da Lava Jato foi ventilada por parlamentares do PT e do PSOL em meio à crise interna entre as forças-tarefa e o procurador-geral da República, Augusto Aras.

Em um evento com advogados em julho, o PGR declarou que a Lava Jato Paraná tinha uma base de dados com informações de 38 mil pessoas e defendeu ‘corrigir rumos’ da operação para que ‘o lavajatismo não perdure’.

Aras obteve uma vitória na Justiça ao conseguir acesso às informações após liminar do presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Dias Toffoli. A decisão, contudo, foi revogada pelo ministro Edson Fachin após o recesso do Judiciário. Como Fachin determinou efeito retroativo, Aras não pode utilizar as informações já colhidas com as forças-tarefa.

A Lava Jato rebateu a acusação e disse em nota que as declarações são ‘ataques genéricos’ e ‘infundados’.

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