O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem buscado estratégias para melhorar sua popularidade, e uma das apostas mais fortes do governo é a atuação do ministro do Desenvolvimento Social, Wellington Dias, responsável por programas como o Bolsa Família, e que tem como uma de suas principais metas retirar o Brasil do Mapa da Fome até 2025. A manobra faz parte das estratégias de comunicação para melhorar a popularidade do chefe do executivo federal.
A pesquisa AtlasIntel, que mostrou que Lula possui 49,8% de rejeição e 47,8% de aprovação, gerou um alerta no Planalto, que iniciou o ano com a desaprovação numericamente superior à aprovação. Em resposta, uma série de medidas está sendo articulada, como a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) e investimentos no Desenvolvimento Regional. Além disso, o ministro Sidônio Palmeira, que assumiu a Secretaria de Comunicação Social, tem como missão melhorar a comunicação do governo, promovendo maior integração entre os ministérios.
A isenção do Imposto de Renda tem sido uma das promessas mais aguardadas, com expectativa de que o projeto seja aprovado após a votação do Orçamento. A medida, já mencionada por Lula, teve um impacto positivo em sua aprovação, com 30,5% dos entrevistados indicando que a ação melhorou sua avaliação. O governo também espera que a inclusão do programa Pé-de-Meia seja discutida durante esse período, como parte do esforço para recuperar a popularidade.
Outro ponto estratégico para a recuperação da popularidade de Lula é a ampliação do Minha Casa, Minha Vida, que será liderada pelo ministro Jader Filho. Ele anunciou que pretende entregar de 2,3 a 2,5 milhões de unidades habitacionais até 2026, sendo a maior parte das entregas antes das eleições. Essa iniciativa deve fortalecer a base eleitoral do governo, especialmente em ano de pleito. O Ministério das Cidades já está acelerando as contratações e priorizando as categorias "Entidades" e "Rural" dentro do Novo PAC.
No campo do Desenvolvimento Regional, o ministro Waldez Góes também deve desempenhar um papel importante, com o lançamento do primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Além disso, o governo federal vai investir R$ 12 bilhões no Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf), com a expectativa de contar com a colaboração das lideranças locais do centrão no Nordeste.
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