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Teresina - Piauí

Candidatos à Prefeitura de Teresina participam do 1º debate da corrida eleitoral

Transporte público, revitalização do centro, saúde e educação foram os principais temas abordados.

Os candidatos à Prefeitura de Teresina participaram do primeiro debate, transmitido pela TV Band Piauí, na noite desta quinta-feira (8), que iniciou às 22h30. Durante o debate, divido em três blocos, os postulantes abordaram temas como transporte público, revitalização do centro, inovação tecnológica, desenvolvimento econômico, saúde e educação, propondo soluções e questionando uns aos outros sobre suas propostas.

No primeiro bloco, o foco principal foi a inovação na gestão da cidade e a revitalização do centro de Teresina. No segundo bloco, os temas abordados incluíram a educação, o clima em Teresina e propostas específicas para o transporte e saúde. No terceiro bloco, foram abordados propostas para a cultura local, transparência e combate à corrupção, revitalização do centro da cidade e infraestrutura e investimentos na zona rural.


Os candidatos que participaram foram: Dr. Pessoa (PRD), Fábio Novo (PT), Francinaldo Leão (PSOL), Geraldo Carvalho (PSTU), Sílvio Mendes (União Brasil), Telsírio Alencar (Mobiliza) e Tonny Kerley (Novo).

Foto: Alef Leão/GP1Candidatos a prefeito de Teresina
Candidatos a prefeito de Teresina

Primeiro bloco

Fábio Novo (PT) questionou Sílvio Mendes (União Brasil) sobre inovação na gestão da cidade. Mendes respondeu ser necessária uma plataforma para desburocratizar serviços. "É preciso modernizar a gestão. Nós temos uma plataforma que vai reduzir a burocracia pública, principalmente na saúde e na liberação de alvarás. Em até setenta e duas horas, você pode marcar uma consulta. Aliás, nós já fizemos isso antes, mas é necessário aperfeiçoá-lo. Você poderá agendar uma consulta médica, inclusive com especialistas em todas as áreas, e também registrar e imprimir seus exames. A questão dos alvarás, que é um problema na construção civil e afeta a geração de empregos, também precisa ser resolvida. É necessário melhorar a performance do próprio servidor para que ele possa atender melhor a população, sem burocracia, garantindo os direitos dos cidadãos que atualmente não são respeitados. Essas são várias medidas que podem ser implementadas através de uma ferramenta digital, uma plataforma que a informática agora permite, e é possível fazê-lo", argumentou.

Sílvio Mendes (União Brasil) perguntou a Telsírio Alencar (Mobiliza) sobre a revitalização do centro de Teresina. Alencar respondeu que pensa em criar um corredor cultural. “O centro está precisando da nossa ajuda. A realidade do centro de Teresina é dura e nua. Temos uma proposta inicial de criar um corredor cultural no centro da capital para dar vida ao centro de Teresina. Vamos também revitalizar desde a Praça Saraiva até a Praça João Luís Ferreira, passando pela Praça da Bandeira, incentivando a cultura e reativando a vida noturna no centro da capital. Além disso, estamos propondo uma espécie de desapropriação, ou, por que não dizer, uma reforma agrária nos terrenos abandonados no centro da cidade. Sabemos que a maioria desses terrenos não tem sequer documentação e possuem um grande débito com o Tesouro Municipal. Nossa proposta é transformar o centro de Teresina através desse processo de revitalização, ocupando-o não só durante o dia, mas também à noite, com um arrojado processo cultural e a presença da cultura popular.”, destacou.

Telsírio Alencar (Mobiliza) questionou Dr. Pessoa (PRD) sobre investimentos na saúde, indagando: "Quanto o senhor já investiu para tentar resolver o problema da saúde? E por que esse problema persiste, Dr. Pessoa?" e Dr. Pessoa respondeu que na saúde a gestão não deixa de investir e que conta com apoio do Governo Federal. “Começando pela sua pergunta, Teresina investe muito. O governo federal repassa aproximadamente quarenta milhões de reais por ano. Esses repasses são constitucionais e ocorrem regularmente. Contudo, o governo do estado cruza os braços. Nós atendemos cerca de cinquenta e um por cento dos pacientes que vêm do interior”, declarou o prefeito.

Dr. Pessoa (PRD) perguntou a Francinaldo Leão (PSOL) como ele administraria Teresina após uma pandemia. Leão respondeu: "A população está correndo de um lado para o outro, enfrentando a dura realidade nas periferias de Teresina. As pessoas sofrem pela falta de medicamentos, pelo transporte público deficiente, pela falta de limpeza urbana. E essas são questões mínimas que o seu governo não foi capaz de resolver. Então, é você que deve responder ao povo. Você precisa identificar onde está o problema. Foi o PSDB que deixou a prefeitura falida em trinta anos de gestão, seja na área do transporte, da saúde, da educação, ou na questão dos medicamentos, ou foi a gestão dos últimos três anos que acabou com tudo?"

Francinaldo Leão (PSOL) questionou Tonny Kerley (Novo) sobre o sistema de transporte público em Teresina. Kerley respondeu ser necessária uma auditoria no custo do serviço para aprimora-lo. "Primeiro, os teresinenses precisam entender que o transporte em Teresina é subsidiado. Metade da passagem deveria ser paga pela prefeitura e a outra metade pelo cidadão. Se o cidadão está pagando mais de quatro reais na passagem, isso significa que o custo real da passagem de ônibus é superior a oito reais. Isso não faz sentido. Não tem como uma passagem em Teresina custar mais de oito reais. Propomos uma auditoria nessas planilhas, que podem ser revisadas pelo Tribunal de Contas do Estado. A partir dessa auditoria, perceberemos que é possível reduzir o preço da passagem. Outro ponto é que a prefeitura vem dando calotes nas empresas desde as gestões anteriores, atrasando os pagamentos. Como resposta, as empresas retiram ônibus de circulação. Portanto, é necessário pagar em dia. Outro aspecto do transporte público é que o modelo de integração com oito terminais, embora possa parecer interessante para algumas pessoas, não funcionou. Precisamos de uma integração no centro da cidade, na Praça da Bandeira, com conexão ao metrô. Agora, sobre a proposta de tarifa zero, isso é uma ilusão, porque não há como implementar uma tarifa zero no transporte de Teresina sem financiamento, por exemplo, dos parlamentares", afirmou.

Tonny Kerley (Novo) indagou Geraldo Carvalho (PSTU) sobre a expropriação de grandes clínicas e hospitais para o SUS. Carvalho respondeu que sua proposta envolve usar da estatização para reforçar os serviços. "Sabemos que a saúde em Teresina enfrenta um caos, assim como o transporte, a educação e a segurança. A solução para esses problemas, que afetam principalmente a classe trabalhadora e a juventude, está na estatização da saúde. Não podemos permitir que a saúde pública continue privatizada. É um direito constitucional. O governo federal, o governo do estado e o município têm permitido essa privatização. Portanto, é necessário reverter esse processo. Não é possível que a população continue sofrendo, correndo de hospital em hospital em busca de atendimento, sem encontrá-lo nos hospitais privados. É necessário que haja uma intervenção e que esses hospitais sejam estatizados para melhor atender às necessidades da população", ponderou.

Geraldo Carvalho (PSTU) questionou Fábio Novo (PT) sobre a inovação na gestão da cidade. Novo respondeu: "Primeiro, sempre defendi a educação pública. Fui secretário municipal de educação e, durante minha gestão, implementei o plano de cargos e salários em Bom Jesus. Nossos professores receberam aumentos anuais acima da inflação, introduzimos um sistema de produtividade e, ao final da gestão, dobramos os índices educacionais. Foi conosco, com tudo que planejamos, que Bom Jesus, a 'terra dos doutores', obteve educação gratuita. Trouxemos uma universidade para lá, em diálogo com o presidente Lula. Eu vim de Bom Jesus para cá porque não havia condições de estudar lá, mas conseguimos levar educação de qualidade, desde o ensino médio, para duzentos e vinte e quatro unidades no Piauí. Depois, levamos também o ensino superior para todo o estado. Hoje, o Piauí é o estado do Nordeste com o maior número de pessoas com ensino superior. E eu tive o prazer de ajudar a construir essa educação pública de qualidade, que faz com que Bom Jesus seja hoje a 'terra dos doutores', uma cidade que possui o maior número de pessoas com doutorado."

Segundo bloco

Sílvio Mendes (União Brasil) perguntou a Fábio Novo (PT) se ele teria coragem de trazer a experiência de Bom Jesus para Teresina. Novo respondeu que a experiência de Bom Jesus é proveitosa. "Não é verdade o que você e os outros candidatos têm falado. Eu fui secretário de educação em Bom Jesus e nós fizemos gestão lá. Inclusive, você colocou no seu plano de governo que vai fornecer fardamento agora para os nossos estudantes de Teresina. Eu fiz isso em 2006. Bom Jesus foi a primeira cidade do Piauí a entregar fardamento escolar para os nossos estudantes. Também implementei o programa Escola Aberta, onde nos finais de semana tínhamos atividades esportivas e culturais acontecendo na escola. E sabe o que aconteceu? Os times que montamos nas nossas escolas, de vôlei, por exemplo, foram campeões das AABBs do Nordeste. Não estou falando por falar. Veja os números do Ministério da Educação. Bom Jesus é, sim, a terra dos doutores. É onde temos hoje mais cidadãos que conseguiram fazer graduação, mestrado e doutorado. Basta você verificar os dados do Ministério da Educação. Nós vamos fazer muito pela educação de Teresina. Vamos recolocar Teresina no primeiro lugar. Eu acredito nisso. Eu sou professor. Eu conheço o sistema. Não vou colocar um secretário de educação que trata mal as pessoas. Vou tratar todo mundo bem, porque a minha forma de agir é com muito respeito, e farei isso com muito carinho pelas pessoas", elaborou.

Fábio Novo (PT) questionou Dr. Pessoa (PRD) sobre o clima em Teresina e o prefeito respondeu que já age de forma integrada na área. "Nós já estamos agindo; já ganhamos prêmios nacionais e internacionais aqui mesmo no estado em relação ao clima. Ficamos em terceiro lugar com medalhas e diplomas. O que estamos fazendo? Fui ao governo federal tanto no passado quanto neste, para tratar do tema", disse o prefeito.

Dr. Pessoa (PRD) perguntou a Telsírio Alencar (Mobiliza) sobre propostas para melhorar a saúde. Alencar respondeu: "É necessário, por exemplo, que o Estado e a União assumam junto com a prefeitura o ônus e o bônus da conta, especialmente em relação ao HUT. Afinal de contas, o maior problema de Teresina na área de saúde pública, no meu entendimento, é o atendimento de urgência e emergência. A população reclama disso constantemente. Somente um Hospital de Urgência e Emergência com contrato com a prefeitura não resolve. Precisamos do apoio do Estado e da União, além da reestruturação de vários centros de saúde. A maioria das unidades de saúde estão em péssimas condições. Então, além de investir nas unidades básicas de saúde, é necessário reavaliar o sistema hospitalar e as redes de saúde para que possamos oferecer uma assistência mais digna à população."

Telsírio Alencar (Mobiliza) indagou Tonny Kerley (Novo) sobre o transporte público e o candidato explicou ser preciso um novo modelo de integração. “Além das soluções que já mencionei, quero adicionar que a integração precisa ser feita de forma inteligente e econômica. Precisamos focar na eficiência do transporte e na redução do preço da tarifa, com base em estudos e auditorias precisas, para garantir que o custo do transporte seja justo e acessível para todos os cidadãos”, postulou.

Tonny Kerley (Novo) questionou Geraldo Carvalho (PSTU) sobre a expropriação de clínicas e hospitais para o SUS. Carvalho respondeu: "O que temos hoje é uma realidade de privatização que não pode continuar. A saúde precisa ser garantida como um direito universal e gratuito para todos. Temos que garantir que as clínicas e hospitais voltem a ser públicos e que o SUS seja fortalecido para garantir um atendimento de qualidade a todos os cidadãos."

Geraldo Carvalho (PSTU) perguntou a Francinaldo Leão (PSOL) sobre como melhorar a segurança em Teresina. Leão respondeu: "Para melhorar a segurança, é necessário um investimento maior em políticas públicas de prevenção ao crime e no fortalecimento da presença policial nas áreas mais afetadas. Também é essencial promover programas sociais que atendam a juventude e a população em situação de vulnerabilidade para reduzir as condições que levam à criminalidade."

Terceiro bloco

O terceiro e último bloco iniciou com Dr. Pessoa perguntando a Telsírio sobre o que ele faria para mudar o modelo de transporte público em Teresina. O candidato do Mobiliza respondeu que pretende integrar com os ônibus com o metrô em um bilhete único.

“Esse sistema de transporte coletivo, que teve ao longo de mais de três décadas uma relação muito íntima com a Prefeitura de Teresina e, consequentemente, com o SETUT, gerou uma situação de caos em Teresina. Nós temos a passagem mais cara de transporte coletivo deste país, um setor de transporte que merece, sem sombra de dúvida, um melhoramento em sua frota. Por essa razão, entendemos que, chegando à Prefeitura de Teresina, faremos uma reforma muito forte no setor de transporte coletivo, principalmente no item ônibus, porque eu entendo, que os ônibus devem ficar dentro das comunidades, nos bairros, nas vilas, trazendo passageiros até as estações do metrô, para que esse transporte seja realmente um bilhete único, envolvendo ônibus e metrô da capital. Agora, o senhor tocou num ponto importante aqui. Essa frota de ônibus que está aí precisa ser melhorada cada vez mais. Pegar um modelo, por exemplo, de Curitiba e comparar com Teresina, com toda certeza, é uma comparação que não dá para ser feita de forma objetiva e clara nesse debate”, pontuou.

Telsírio chamou Sílvio Mendes para o debate e o questionou sobre o destino político dele em 2026, se deixaria a prefeitura. Mendes respondeu que não se considera “político profissional” para fazer isso. “Você me perdoa, mas eu vou ter que dizer: que pergunta indecente. Eu não sou político profissional. Me dediquei a estudar por dezoito anos, focado na saúde. Como prefeito, não sou carreirista, não sou. Mas eu queria aproveitar para desmentir o que você ouve falar. Isso é uma bobagem sem limites e não merece perder tempo. Vou voltar ao transporte coletivo. Há discussões que não são verdadeiras. Primeiro, o plano diretor de transporte coletivo, sendo enviado de energia, foi feito na minha gestão, pelo Santana, que fez Curitiba, Brasília, Rio de Janeiro, Piauiense. E o BNDES estava para ele estudar novamente, vinte e uma regiões metropolitanas. Por acaso, ele vai voltar a Teresina para atualizar. Não foi feito, e o plano diretor precisa ser atualizado. Ele não foi entregue porque aconteceram algumas coisas depois da pandemia que complicaram a situação. Então, é preciso aumentar o número de ônibus, aproximadamente quatrocentos e cinquenta é a frota necessária. As faixas são usadas pelo taxista, pelo motociclista, pelo aplicativo, diminuindo os acidentes. É preciso que os ônibus, dentro dos bairros, os micro-ônibus e as vans, passem mais perto da sua casa, porque mais rapidamente você vai ao centro”, falou Sílvio.

Sílvio Mendes perguntou a Tonny Kerley sobre suas propostas para a cultura de Teresina, que respondeu pretender valorizar a cultura local e as tradições nordestinas, revitalizando praças e levando manifestações culturais para os bairros.

“Primeiro ponto: cultura de Teresina. Tem o teatro, o bumba meu boi, o reisado, o circo, o balé e diversas outras manifestações culturais. Ao longo dos últimos anos, temos visto um sucateamento da cultura de Teresina no que diz respeito ao município. Mas também temos visto práticas no governo do estado, como contratar bandas de fora com cachês altíssimos, em vez de privilegiar os artistas e os músicos locais. Temos visto cada vez mais teatros municipais, por exemplo, sem a devida manutenção. Eu vi um, Doutor Silvio, recentemente, simplesmente desabando, com o piso todo deteriorado porque os cupins tomaram conta. Pretendemos valorizar a cultura local e as tradições nordestinas, para que possamos utilizar, inclusive, as nossas praças, sendo revitalizadas, para levarmos a cultura para os bairros, para as pessoas que realmente querem cultura. Nos bairros, colocaremos manifestações literárias, de música, de dança, aliadas a ações esportivas, para que possamos agir na prevenção, com essas atrações culturais para as nossas crianças. Isso nos bairros, na cidade, e não a cultura acessível apenas a uma pequena classe”, respondeu.

Em seguida, Tonny Kerley questionou Novo sobre suas propostas para transparência e combate à corrupção. Fábio Novo prometeu levar esse zelo para a Prefeitura de Teresina, combatendo a corrupção e fazendo muito com pouco.

“Primeiro, eu tenho uma vida muito limpa. Não respondo a processos de corrupção, e por onde passei, cuidei com muito zelo. Com muito zelo mesmo. Por onde passei: na Secretaria Municipal de Educação, na Secretaria Estadual de Cultura. Então, nós vamos cuidar com esse zelo. Não concordo com corrupção. Inclusive, quero dizer para você que, quando fui secretário estadual de Cultura, aprendi a fazer muito com pouco. O orçamento era pequeno, e quando fui para lá, encontrei uma pasta que precisava ser revitalizada, e nós fizemos uma grande transformação na cultura do Piauí, revitalizando todos os equipamentos culturais espalhados pelo Piauí, de Corrente até Parnaíba. É esse zelo que eu vou levar para a Prefeitura de Teresina. Não aceito corrupção, não compactuo”, acrescentou Novo.

Fábio Novo perguntou a Geraldo Carvalho o que ele faria para revitalizar o centro da cidade. O candidato do PSTU explicou que pretende desapropriar imóveis abandonados para fins de interesse social.

“Bom, já falei disso anteriormente, né? As ideias de ocupar o centro, colocando os imóveis que estão abandonados à disposição, desapropriando para fins de interesse social, colocando gente para morar, inclusive os trabalhadores que hoje estão no centro, colocando as repartições públicas, os serviços públicos no centro. É preciso garantir pessoas morando no centro. A questão da cultura é precisa ser reativada”, disse.

Geraldo Carvalho questionou Francinaldo Leão sobre a linha que ele seguiria como prefeito de Teresina e ele afirmou que focará na linha envolvendo especificidades da cidade, sem espelhar visões do seu partido em outros locais.

“Iremos seguir a linha correta. Acho que se debate muito fora e se discute pouco Teresina. Então, o nosso debate é voltado ao povo de Teresina, às mazelas que o povo sofre dentro de Teresina, às mazelas que o povo sofre na periferia de Teresina. Então, o nosso eixo é falar de Teresina e buscar mecanismos que resolvam os problemas do povo de Teresina. Quem está nos vendo sabe que o que está lá na periferia de Teresina é um povo sofrido. Não adianta eu estar falando de outras cidades. Nós temos que falar de Teresina para que, juntos, possamos chegar e resolver os problemas de Teresina. Queremos falar sobre saneamento básico, sobre escola de tempo integral, sobre creche para a mãe solo que, às vezes, precisa dividir o salário ao meio para pagar alguém para cuidar do filho e poder ir trabalhar. Essa é a realidade da periferia de Teresina. Durante trinta anos, trinta e três anos e meio, não se construiu uma creche nos bairros de Teresina onde uma mãe de família pudesse deixar seu filho para ir trabalhar”, ponderou.

No final do debate, Sílvio Mendes perguntou a Francinaldo Leão sobre o que ele faria pela zona rural de Teresina e Francinaldo Leão destacou o abandono da zona rural e criticou a falta de estrutura das localidades.

“A zona rural é esquecida. Você mesmo sabe, passou dezesseis anos à frente da prefeitura, e foi esquecida no seu governo. Foi esquecida durante trinta anos, e está sendo esquecida agora, durante esses três anos e meio, porque lá nem uma bomba d'água tem. Os moradores precisam fazer uma vaquinha para comprar uma bomba e receber água. Outra coisa, se você ver as estradas vicinais. Quantas estradas vicinais você fez na Cacimba Velha, em Santa Luz, em Santa Teresa? Queria que você dissesse ao povo teresinense quanto você trabalhou pela zona rural de Teresina, que é uma das maiores, né? Uma das maiores do Brasil. Eu percorri e percorro o interior. A dificuldade é maior porque não há transporte público. Então, não acredito que, numa gestão de trinta anos, não tenha como não ter feito nada”, finalizou.

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