O juiz Valdemir Ferreira Santos, da Central de Inquéritos de Teresina, revogou a prisão preventiva de Letícia Evellyn dos Santos Carneiro, ex-namorada do influenciador Itallo Bruno, presa durante a Operação Jogo Sujo, deflagrada pela Polícia Civil do Piauí. A decisão foi proferida nesta sexta-feira (19).
O GP1 conversou com o advogado Alairton Barroso, que representa Letícia Evellyn. Ele explicou que formulou um novo pedido de liberdade após a Polícia Civil emitir parecer pela revogação da prisão da jovem e de mais duas pessoas presas na operação.
“Entramos com um pedido de revogação, com base no ofício do delegado. Depois de tanta provocação, sugerindo a revogação da prisão, entramos com pedido e conseguimos”, declarou o advogado Alairton Barroso.
A Operação Jogo Sujo foi deflagrada no último dia 11 pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), em Teresina. O principal alvo da ação policial foi o influenciador Itallo Bruno, preso com mais 12 pessoas, sob acusação de promover jogos de azar ilegais, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Os investigados são: Itallo Bruno Nunes e Silva; Lucas Soares Campos de Carvalho; Samia Camila Nunes e Silva (irmã de Itallo); Thales Victor Costa; Lucilene Nunes de Sousa (mãe de Samia e Itallo); Kelton Douglas da Silva Moura; Rikelme de Franca Silva Soares Moura; Leticia Evellyn dos Santos Carneiro (ex-namorada de Itallo); Marcos Victor Pereira Silva; José Phablo Rangel Oliveira dos Santos; Valdir Sousa e Silva (pai de Itallo); Israel Veloso da Silva e Vinicius Alves da Silva Barbosa.
O esquema
A Polícia Civil realizou consulta junto ao Ministério da Fazenda para checar a legalidade dos jogos promovidos por Itallo Bruno, e foi constatado que o influenciador não possuía qualquer autorização para atuar com jogos de azar.
Com isso, foi solicitado ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) um Relatório de Inteligência Financeira, no qual foi identificada uma série de possíveis irregularidades, com movimentações financeiras claramente incompatíveis com a renda declarada de Itallo Bruno.
Segundo a representação por prisão preventiva formulada pela DRCI, Marcos Victor trabalhava como contador para Itallo Bruno, auxiliando “na elaboração de seus contratos de compra e venda de imóveis, que coloca sempre em nome de terceiros, caracterizando, outrossim, a ocultação de patrimônio”.
Ligação com fação criminosa
Ainda conforme a polícia, no relatório do Coaf também foram identificadas movimentações financeiras com pessoas investigadas e presas, “com destaque para José Phablo Rangel Oliveira dos Santos, notório membro da facção Bonde dos 40”.
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