O advogado Francisco Miranda, ex-assessor jurídico da Prefeitura de Madeiro na gestão do prefeito Zé Filho – assassinado a tiros em novembro de 2021 – teve sua casa alvejada por 11 disparos de arma de fogo na madrugada desta segunda-feira (13). Em entrevista ao GP1, ele afirmou que já havia recebido ameaças, isso porque é uma das principais testemunhas do crime contra o prefeito, de quem era grande amigo.
De acordo com o advogado, o fato aconteceu por volta de 1h desta madrugada. Ele já estava dormindo quando foi acordado pelos disparos. “Foi por volta de uma hora da manhã. Eu estava dormindo e fui surpreendido com vários tiros, primeiramente no portão e posteriormente na porta mais dentro da casa. Fiquei assustado, mas não saí da residência”, informou.
Francisco Miranda disse que ouviu o barulho de um veículo em alta velocidade logo após os tiros. “Não sei quantas pessoas eram, eu sei que deram uma arrancada em um veículo e se evadiram do local. Tenho para mim que era um carro, mas alguns populares disseram que viram uma moto também. No portão da frente tinha seis disparos e na porta da casa tinha cinco”, detalhou.
Proximidade com Zé Filho
Além de trabalhar para o Município de Madeiro, o advogado era muito próximo do prefeito Zé Filho, prova disso é que ele estava presente no dia do crime e foi a pessoa quem socorreu o prefeito. “Era assessor jurídico no governo do prefeito Zé Filho, eu era muito próximo do Zé Filho, muito amigo dele, e sempre que tinha alguma decisão a ser tomada ele sempre me procurava para auxiliá-lo. Andávamos muito juntos, a gente tinha um vínculo muito próximo. Estou arrolado como testemunha, relatei só aquilo que eu sei e que presenciei, inclusive fui eu quem fiz o socorro do Zé Filho no dia do atentado contra a vida dele, eu estava no momento, fui eu quem socorri ele e levei para o hospital”, contou Francisco Miranda.
“Não tenho inimigos”
Francisco Miranda ressaltou que não tem inimigos, contudo, revelou que já havia recebido ameaças, por ser testemunha do crime contra o prefeito. “Não tenho inimigos, nem eu e nem ninguém da minha família tem conhecimento de que uma outra pessoa tenha alguma desavença ou insatisfação em relação a minha pessoa. Eu já ouvi falar sim [de ameaças]”, frisou o ex-assessor.
OAB
Diante do ocorrido, nessa terça-feira (14) o advogado vai se dirigir à sede da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Teresina e também à Delegacia Geral da Polícia Civil do Piauí, a fim de pedir providências em relação a sua segurança e de sua família.
“Eu já tinha pedido antes, porque já tinha ouvido relatos de ameaças contra a minha pessoa e amanhã vou reforçar novamente, porque agora aconteceu o ato. Na primeira vez há uns três meses eu relatei para o presidente da OAB, Celso Barros, e relatei também para o delegado geral o que vinha acontecendo. Como aconteceu o ato, amanhã irei novamente à procura, tanto do presidente da OAB, quanto do delegado geral, pedindo providências”, concluiu Francisco Miranda.
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