Fechar
GP1

Madeiro - Piauí

Promotor pede que assassino do prefeito Zé Filho vá a Júri Popular

O acusado Felipe Anderson Seixas de Araújo foi denunciado à Justiça por homicídio qualificado.

O Ministério Público do Estado do Piauí apresentou alegações finais na ação penal em que é réu Felipe Anderson Seixas de Araújo, acusado de matar o ex-prefeito de Madeiro/PI, José Ribamar de Araújo Filho, mais conhecido como “Zé Filho” (Progressistas).

Felipe Seixas foi denunciado por homicídio duplamente qualificado, no caso, motivo fútil e por recurso que dificultou ou tornou impossível à defesa da vítima.


Nas alegações finais apresentadas no dia 06 de junho, o promotor Carlos Rogério Beserra da Silva pede a pronúncia do acusado a fim de que seja submetido a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri, acentuando que estão presentes a prova da materialidade delitiva, conforme Laudo de Exame Cadavérico, que confirma os ferimentos, e indícios suficientes de autoria, apontados nos depoimentos das testemunhas e confissão perante a autoridade policial.

Foto: Alef Leão/GP1Felipe Anderson Seixas de Araújo é acusado de matar o prefeito de Madeiro com 3 tiros
Felipe Anderson Seixas de Araújo é acusado de matar o prefeito de Madeiro com 3 tiros

Na manifestação, o promotor afirma que a autoria criminosa que recai sobre Felipe Seixas está evidenciada “e a sua responsabilidade é medida que se impõe, porquanto restou comprovado que o acusado dolosamente atentou contra a vida da vítima”.

“Dessa forma, verifica-se que José Ribamar de Araújo Filho foi vítima de homicídio qualificado, considerando a região corpórea atingida, a gravidade da lesão, bem como a forma de execução do delito e o meio empregado, vislumbrando-se que o ora denunciado agiu com a vontade livre e consciente de tirar a vida da vítima”, diz o promotor.

Entenda o caso

De acordo com a denúncia, no dia 28 de novembro de 2021, nas proximidades do Campo de Futebol do Conjunto Queiroz, na cidade de Madeiro/PI, o denunciado Felipe Seixas matou o ex-prefeito de Madeiro/PI, José Ribamar de Araújo Filho, mais conhecido como “Zé Filho”.

Segundo elementos de informação colhidos no Inquérito Policial, a vítima estava assistindo uma partida de futebol, momento em que decidiu ir embora. Em seguida, se dirigiu até o seu carro, uma Nissan Frontier que estava estacionada próximo ao campo, momento em que, antes deste entrar no veículo, Felipe Seixas chamou pela vítima, e disse: “Prefeito!”, momento em que efetuou pelo menos três disparos de arma de fogo.

Foto: Jota B. DamascenoPrefeito Zé Filho, de Madeiro
Prefeito Zé Filho, de Madeiro

Em seguida, o denunciado se aproximou da vítima e falou: “aqui é pra tu aprender a respeitar homem”, depois, subiu em sua moto Bros, de cor preta, e se evadiu do local do crime.

O prefeito foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no trajeto para o hospital de Luzilândia.

Felipe Seixas foi preso temporariamente no dia 03 de dezembro de 2021, cinco dias após o crime. No dia 26 de janeiro deste ano, a Justiça converteu sua prisão em preventiva, a pedido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o caso.

Motivação do crime

Durante o interrogatório, Felipe Seixas disse à Polícia Civil que a motivação do crime seria uma perseguição que estaria sofrendo por parte do prefeito. “Ele relatou que a motivação teria sido perseguição que ele sofria, que desde que o pai dele tinha sido afastado pelo prefeito que ele matou, ele já vinha sentindo esse sentimento de raiva e que posteriormente a isso o prefeito teria inventado a história de que ele teria uma relação extraconjungal com a madrasta e que isso daí alimentou mais ainda o ódio. E que no dia do crime ele se encontrava ao lado do campo de futebol e quando viu o prefeito estava armado e não se conteve”, relatou o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo inquérito policial.

Mais conteúdo sobre:

Ver todos os comentários   | 0 |

Facebook
 
© 2007-2024 GP1 - Todos os direitos reservados.
É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita do GP1.