O juiz Thiago Aleluia Ferreira de Oliveira, da Vara Única da Comarca de Luzilândia, recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público e tornou réu Felipe Anderson Seixas de Araújo, acusado de matar o ex-prefeito de Madeiro/PI, José Ribamar de Araújo Filho, mais conhecido como “Zé Filho” (Progressistas). A decisão é de 28 de fevereiro deste ano.
Felipe Seixas foi denunciado pelo promotor Carlos Rogério Beserra da Silva por homicídio duplamente qualificado, no caso, motivo fútil e por recurso que dificultou ou tornou impossível a defesa da vítima.
De acordo com a denúncia, no dia 28 de novembro de 2021, nas proximidades do Campo de Futebol do Conjunto Queiroz, na cidade de Madeiro/PI, o denunciado matou o prefeito.
Segundo elementos de informação colhidos no Inquérito Policial, a vítima estava assistindo uma partida de futebol, momento em que decidiu ir embora. Em seguida, se dirigiu até o seu carro, uma Nissan Frontier que estava estacionada próximo ao campo, momento em que, antes deste entrar no veículo, Felipe Seixas chamou pela vítima, e disse: “Prefeito!”, momento em que efetuou pelo menos três disparos de arma de fogo.
Em seguida, o denunciado se aproximou da vítima e falou: “aqui é pra tu aprender a respeitar homem”, depois, subiu em sua moto Bros, de cor preta, e se evadiu do local do crime.
O prefeito foi socorrido, mas não resistiu aos ferimentos, vindo a óbito no trajeto para o hospital de Luzilândia.
Felipe Seixas foi preso temporariamente no dia 03 de dezembro de 2021, cinco dias após o crime. No dia 26 de janeiro deste ano, a Justiça converteu sua prisão em preventiva, a pedido do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), que investigou o caso.
Motivação do crime
Durante o interrogatório, Felipe Seixas disse à Polícia Civil que a motivação do crime seria uma perseguição que estaria sofrendo por parte do prefeito. “Ele relatou que a motivação teria sido perseguição que ele sofria, que desde que o pai dele tinha sido afastado pelo prefeito que ele matou, ele já vinha sentindo esse sentimento de raiva e que posteriormente a isso o prefeito teria inventado a história de que ele teria uma relação extraconjungal com a madrasta e que isso daí alimentou mais ainda o ódio. E que no dia do crime ele se encontrava ao lado do campo de futebol e quando viu o prefeito estava armado e não se conteve”, relatou o delegado Bruno Ursulino, responsável pelo inquérito policial.
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