Ex-presidente havia sido acusado formalmente pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge, em dezembro, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Juízo da 15ª Vara Federal Criminal de Brasília acolheu pedido da Procuradoria da República e abriu ação penal por corrupção passiva contra ex-presidente, pelo caso envolvendo suposta propina
Na lista estão a filha de Temer, Maristela, o coronel reformado da Polícia Militar João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e o ex-assessor especial do emedebista Rodrigo Rocha Loures.
Segundo Segóvia, as investigações não comprovaram que houve pagamento de propina por parte de representantes da empresa Rodrimar, que opera áreas do porto de Santos (SP).
Procurador-geral da República quer investir atuação dos peemedebistas na edição de um decreto que poderia beneficiar empresa que atua na área de portos.
Segundo Jantot, o encontro entre Joesley e Temer no dia 07 de março deu início ao ato criminoso e chegou ao seu auge com a entrega de R$ 500 mil a Rocha Loures.
O resultado da análise deve ser encaminhada ainda hoje ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato na Corte.
Temer passou a ser investigado pela PF pelos crimes de corrupção passiva, obstrução de Justiça e organização criminosa, após delações de executivos da JBS.
Neste fim de semana, o empresário Joesley Batista concedeu uma entrevista à revista Época, onde afirmou que Temer é chefe de uma organização criminosa.
Loures estava preso na Papuda desde do dia 7 e pediu para voltar à carceragem da PF, afirmando que estava sendo ameaçado e que sua vida corria risco dentro do presídio.
Segundo a defesa, um “conhecido da família” teria afirmado a familiares que o ex-assessor estaria correndo risco de vida caso não concordasse em celebrar um acordo de delação premiada.
A Polícia Federal pediu mais 10 dias, devido a não conclusão da perícia no áudio gravado por Joesley Batista, dono da JBS, em um encontro com o presidente.
Segundo o Termo de Declarações da Polícia Federal, o ex-deputado, "por orientação da sua defesa técnica", decidiu lançar "mão do direito de permanecer em silêncio."
Desde sábado, o ex-deputado está no prédio da superintendência da PF em Brasília, e segundo a polícia, ele deve prestar um depoimento às autoridades até quarta-feira.
O retorno do presidente a São Paulo é para discutir a crise política com seus principais conselheiros e familiares, entre eles Antonio Claudio Mariz, advogado e amigo.
O advogado do ex-deputado, Cesar Bitencourt, enviou uma manifestação ao STF na sexta, onde avaliou o pedido de prisão como uma tentativa de “forçar delação”.
O novo pedido foi feito porque o peemedebista é alvo do mesmo inquérito ao qual responde Michel Temer – o presidente só pode ser investigado com autorização do STF.
Na terça-feira (30), o ministro Edson Fachin separou o inquérito do tucano das investigações sobre o presidente Michel Temer e do deputado federal afastado Rocha Loures.
Janot pediu que o ministro Fachin reconsidere sua decisão e determine as prisões preventivas do senador Aécio Neves e do deputado federal Rodrigo Rocha Loures.