Em entrevista à revista Isto é, o presidente Michel Temer disse que tem apoio do Congresso Nacional e garantiu que sua situação é diferente de sua antecessora Dilma Rousseff, às vésperas do impeachment, quando “milhões de pessoas” foram às ruas pedindo a saída da presidente.
“No impeachment da ex-presidente havia milhões de pessoas nas ruas. Esse é um ponto importante, não é? Segundo ponto: não havia mais apoio do Congresso Nacional. No meu caso, não. O Congresso está comigo… a situação é completamente diferente”, disse Temer à revista.
“O Congresso continua a legislar. Então vamos ver lá para frente”, disse, ao ser questionado sobre a ameaça de desembarque de aliados, o que poderia afetar sua governabilidade. “Não tenho que me preocupar com o que vai acontecer no futuro. O futuro vai dizer.”
- Foto: Dida Sampaio/Estadão ConteúdoMichel Temer
O presidente disse ainda que não acredita que o ex-deputado e ex-assessor especial da Presidência, Rodrigo Rocha Loures, vá fazer uma delação contra ele, um dos principais focos de preocupação dos auxiliares mais próximos de Temer.
De acordo com Isto é, Rocha Loures foi flagrado em uma ação controlada da Polícia Federal recebendo uma mala com R$ 500 mil em propina paga por um executivo da J&F, holding que controla a JBS.
“Eu duvido que ele faça uma delação. E duvido que ele vá me denunciar. Primeiro, porque não seria verdade. Segundo, conhecendo-o, acho difícil que ele faça isso”, afirmou. Porém, Temer disse que não tem certeza que uma delação não vá ocorrer.
“Agora, nunca posso prever o que pode acontecer se eventualmente ele tiver um problema maior, e se as pessoas disserem para ele, como chegaram para o outro menino, o grampeador (Joesley): ‘Olha, você terá vantagens tais e tais se você disser isso e aquilo’. Aí não posso garantir.”
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