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Política

Rodrigo Janot pede para Fachin autorizar depoimento de Temer

Segundo Janot, o fato de Temer ter confirmado o diálogo gravado por Joesley em março, pode ser considerado uma “confissão extrajudicial”.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu que o Supremo Tribunal Federal (STF) autorize os interrogatórios do presidente da República, Michel Temer, o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) e o deputado federal afastado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), além dos citados na delação da JBS.

O documento foi enviado ao ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no STF, que pode autorizar o depoimento. Na maioria dos casos, a Polícia Federal é quem faz os interrogatórios, mas nessa situação o procurador pede que o ministro defina como deve ser feito o depoimento, sem especificar quem o realizaria.


De acordo com o G1, a defesa de Temer solicitou que o interrogatório seja feito por escrito e somente depois da perícia da gravação de uma conversa, em março, entre o presidente e o dono da JBS Joesley Batista, uma das provas da investigação.

Temer, junto com Aécio e Loures, são investigados no STF por suspeita de corrupção, organização criminosa e obstrução de justiça.

  • Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF e Nelson Jr./STFO procurador-geral da República, Rodrigo Janot (esq.), e o ministro do STF Edson Fachin (dir.)O procurador-geral da República, Rodrigo Janot (esq.), e o ministro do STF Edson Fachin (dir.)

No dia 18 de maio, Fachin autorizou a abertura de inquérito para apurar se o presidente deu aval a Joesley Batista, empresário e dono do grupo JBS, para o pagamento de propina ao ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Segundo Janot, o fato de Temer ter confirmado o diálogo gravado por Joesley em março, pode ser considerado uma “confissão extrajudicial”.

O procurador-geral citou a posição do ministro Gilmar Mendes em um fato semelhante, quando no ano passado, a ex-presidente Dilma Rousseff confirmou uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no qual discutiram sua posse como ministro da Casa Civil, como forma de evitar uma prisão pelo juiz Sérgio Moro, que conduz a Lava Jato na primeira instância.

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