Pedro Oliveira
O GP1 apresenta, neste sábado (22), a última parte da entrevista com o deputado estadual licenciado, Flávio Nogueira Júnior (PT-PI). Ao fim da conversa, o parlamentar criticou parte da base aliada e a imprensa por antecipar o debate sobre as eleições gerais de 2026. Segundo ele, o assunto atrapalha a gestão de trabalhar pelo Estado do Piauí e serve apenas para blefes por parte daqueles que querem se autoimpor candidatos na chapa majoritária do Governo, em clara indireta a membros do MDB e de PSD.
“A gente sabe que todo mundo quer apressar, quer ter matéria, quer ter notícia e só se fala em política. Se você fizer uma pesquisa, estou lhe garantindo, a população não está muito preocupada com eleição, ela só se preocupa na época da eleição. E isso termina atrapalhando a gente trabalhar pelo povo do Piauí, porque só se fala em política aqui no Estado do Piauí. E o problema não é da imprensa [somente], é também do meio político, porque, querendo ou não, alguns mais ansiosos começam a dizer que são candidatos a senador, candidatos a vice-governador, para fazer valer aquele ditado ‘água mole em pedra dura, tanto bate até que fura’. Mas, não é assim, tem que ter entendimento, tem que ter conversa, e eu sou mais de deixar o tempo passar do que de apontar quem realmente serão os candidatos”, iniciou Flávio Nogueira Júnior.
Em outro trecho, Nogueira Júnior questionou a veracidade da informação sobre apoio do governador Rafael Fonteles a Marcelo Castro e Júlio César para disputarem o Senado em 2026, fato apurado em bastidor. Por fim, reafirmou a confiança que tem no PT ser indicado para disputar uma das vagas.
“O desejo do governador é manter a base aliada, mas toda composição de chapa majoritária, querendo ou não, não passa só pelo seu Estado, é uma eleição nacional. Você escutou da boca do governador? Eu acho que não. Aquilo que falei, são pessoas que têm interesse em dizer que está tudo certo. Eu vi em uma entrevista o presidente Lula dizer que trocaria cinco governadores por um senador da base. Aí eu pergunto, o PSD, no próximo ano, ficará na base do presidente Lula? Ainda tem muita água para rolar até 2026”, finalizou Flávio Nogueira Júnior.
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