"O processo investiga empresas e servidores, a quem cabe o legítimo direito de defesa. O Estado é parte interessada no processo e sempre agiu de forma colaborativa", informou o governo.
O GP1 apurou que entre os alvos estão os contratos envolvendo a LC Veículos, do empresário Luís Carlos Magno Silva, que também foi preso na Operação Topique.
"Somente nos contratos celebrados a partir de dois processos licitatórios fraudados, cálculos da CGU demonstram o desvio de pelo menos R$ 50 milhões", informou a Polícia Federal.
O TCE determinou que a SEMEC realizasse uma nova licitação para prestação dos serviços de transporte escolar, porém o pedido foi ignorado e o contrato segue vigente até setembro de 2019.
Eles ainda vão responder na Justiça por corrupção e associação criminosa. O juiz Agliberto Gomes Machado aceitou denúncia contra os acusados na última sexta-feira (25).
"O Brasil precisa pensar esse momento de prisão pela prisão que temos hoje. Primeiro prende e depois vai saber se é inocente ou culpado", disse o governador.
O magistrado Saulo José Casali Bahia se utilizou dos mesmos argumentos elencados no habeas corpus que colocou em liberdade o empresário Luiz Carlos Magno Silva, da Locar Transportes.
A empresa se transformou em pouco tempo na maior prestadora de serviços de transporte escolar do estado, com faturamento anual de dezenas de milhões de reais.
A ação policial desarticulou uma organização criminosa acusada de ser responsável por fraudes em licitações para prestação de serviços de transporte escolar.
Wellington Dias reiterou que o foco principal da operação foram as empresas e de que essa prática de locação, credenciamento e aluguel de veículos acontece a nível nacional e mundial.
Na manhã desta quinta-feira a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da Secretaria de Estado da Educação do Piauí (Seduc), na cidade de Teresina.
A Operação Topique tem como objetivo desarticular uma organização criminosa responsável por fraudar licitações e desviar recursos para o transporte escolar.
Os recursos públicos eram destinados à prestação de serviços de transporte escolar ao Governo do Estado do Piauí e as prefeituras municipais no Piauí e no Maranhão.