Rauena Pinheiro
O presidente Donald Trump criticou o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky como um "ditador sem eleições" na quarta-feira, depois que os EUA deixaram a Ucrânia de fora das negociações de paz iniciais com a Rússia nesta semana.
"Um ditador sem eleições, Zelensky, é melhor agir rápido ou ele não terá mais um país", escreveu Trump no TRUTH Social. "Enquanto isso, estamos negociando com sucesso o fim da guerra com a Rússia, algo que todos admitem que apenas 'TRUMP' e a administração Trump podem fazer. Biden nunca tentou, a Europa falhou em trazer a paz, e Zelensky provavelmente quer manter o 'trem da alegria' funcionando."
"Por que o Joe Biden Sonolento não exigiu Equaliziniação, já que esta Guerra é muito mais importante para a Europa do que para nós — Temos um grande e lindo Oceano como separação", Trump colocou sobre o ex-presidente Joe Biden. "Além disso, Zelensky admite que metade do dinheiro que enviamos a ele está 'DESAPARECIDO'. Ele se recusa a ter Eleições, está muito baixo nas Pesquisas Ucranianas, e a única coisa em que ele era bom era em manipular Biden 'como um violino'."
Zelensky criticou Trump na quarta-feira anterior em comentários a repórteres em Kiev após cancelar uma viagem à Arábia Saudita, onde o Secretário de Estado Marco Rubio, o Conselheiro de Segurança Nacional Mike Waltz e o Embaixador Enviado Especial Steve Witkoff mantiveram conversas com colegas russos no início desta semana centradas na negociação do fim do conflito de três anos com a Ucrânia.
"Infelizmente, o presidente Trump — tenho grande respeito por ele como líder de uma nação pela qual temos grande respeito, o povo americano que sempre nos apoia — infelizmente vive neste espaço de desinformação", disse Zelensky.
Quase um ano após o término do primeiro mandato de cinco anos de Zelensky, os EUA e a Rússia concordam que os ucranianos devem ir às urnas e decidir se mantêm ou não seu chefe de estado.
A Rússia insiste que não assinará um acordo de paz até que a Ucrânia concorde em realizar eleições, e os EUA agora estão "flutuando" a ideia de um plano de três etapas: cessar-fogo, depois eleições ucranianas e, por fim, a assinatura de um acordo de paz.
O mandato de Zelensky deveria terminar em maio passado, com eleições originalmente programadas para abril de 2024. Mas os assessores do presidente disseram que as eleições não serão realizadas até seis meses após o fim da lei marcial. A constituição ucraniana proíbe a realização de eleições sob lei marcial. Com sua popularidade tendo despencado quase 40% desde o início da guerra, o futuro de Zelensky pode estar em risco se a paz for alcançada e as eleições forem acionadas.
Os defensores da Ucrânia dizem que eleições pós-guerra seriam uma opção muito melhor, mas as eleições oferecem à Rússia uma oportunidade de semear o caos. "A única pessoa que se beneficia das eleições antes de haver um acordo de paz duradouro é Putin", Andrew D'Anieri, um membro do Eurasia Center do Atlantic Council, disse anteriormente à Fox News Digital. "O Kremlin adora eleições, não em seu próprio país, mas em outros lugares, porque isso oferece uma oportunidade de desestabilizar as coisas."
O enviado de Trump, Keith Kellog, um general aposentado de 3 estrelas, chegou a Kiev para conversar com Zelensky na quarta-feira. Autoridades ucranianas enfatizaram que qualquer acordo de paz exigirá garantias de segurança dos EUA para garantir que a Rússia não invada novamente.
"Entendemos a necessidade de garantias de segurança", Kellog disse à mídia ucraniana. "Está muito claro para nós a importância da soberania desta nação e da independência desta nação também... Parte da minha missão é sentar e ouvir."
A porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, divulgou uma declaração após Rubio se encontrar com o Ministro das Relações Exteriores russo Sergei Lavrov em Ridyah na terça-feira.
"O presidente Trump quer parar a matança; os Estados Unidos querem paz e estão usando sua força no mundo para unir os países. O presidente Trump é o único líder no mundo que pode fazer a Ucrânia e a Rússia concordarem com isso", disse ela.
Referindo-se ao telefonema de Trump com o presidente russo Vladimir Putin em 13 de fevereiro, Bruce acrescentou: "Um telefonema seguido de uma reunião não é suficiente para estabelecer uma paz duradoura. Devemos agir, e hoje demos um importante passo à frente."
Ver todos os comentários | 0 |