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Internacional

Denúncia contra Bolsonaro repercute na mídia internacional

Veículos de comunicação como Reuters e New York Times repercutiram a situação no Brasil.

A denúncia do Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), feita na última terça-feira, 18, por suposta tentativa de golpe de Estado, gerou grande repercussão na mídia internacional. Juntamente com Bolsonaro, 33 outras pessoas também foram acusadas de envolvimento em uma tentativa de ruptura institucional no Brasil.

O Supremo Tribunal Federal (STF) será responsável por julgar as acusações e espera-se que um veredito seja proferido até outubro deste ano. A acusação já ganhou atenção global, com veículos de comunicação como Reuters, Associated Press, New York Times repercutindo a denúncia.


Entre os crimes denunciados estão a liderança de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado à União e deterioração de patrimônio tombado.

Destaque internacional

A Reuters, por exemplo, apontou que as chances de um retorno político do ex-presidente se complicaram após a denúncia. Contudo, a agência também alertou para a improbabilidade de uma prisão antes do julgamento, a menos que o juiz Alexandre de Moraes, do STF, veja risco de fuga.

Internacionalmente, o caso gerou paralelos com o de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, com o The New York Times mencionando as semelhanças entre ambos na tentativa de anular as eleições. Além disso, o Wall Street Journal recordou declarações de Bolsonaro em 2024, onde ele ainda apostava no apoio de Trump para uma futura candidatura.

Na Europa, a BBC e o The Guardian destacaram a força política persistente de Bolsonaro, apesar de sua inelegibilidade até 2030, e a possibilidade de ele enfrentar uma longa pena, estimada entre 38 e 43 anos. Já o francês Le Monde indicou que o ex-presidente brasileiro pode tentar um "retorno triunfante", similar ao de seu aliado, Trump. O Le Figaro também detalhou a suposta execução do plano de golpe entre a vitória de Lula e sua posse.

Em comparação internacional, a Al Jazeera fez um paralelo entre os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando apoiadores de Bolsonaro invadiram prédios públicos, e a insurreição de 6 de janeiro de 2021, em Washington, contra o Capitólio, quando manifestantes apoiaram Trump.

Até mesmo a japonesa NHK se pronunciou sobre a postura de Bolsonaro durante a pandemia, lembrando suas polêmicas declarações minimizando a gravidade do coronavírus.

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