Carolina Matta
Uma pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontou que o Brasil deve produzir menos café em 2025, com 52,8 milhões sacas de 60 quilos. Essa quantidade é 7,5% menor do que a produzida em 2024. A informação foi divulgada por Carlo Cauti, em reportagem da Revista Oeste.
A área para colheita será 2,5% menor. A produtividade também deve cair 5,1%, especialmente por conta da bienalidade negativa que afeta grande parte das plantações de café arábica. Em 2024, o aumento no preço do café foi de aproximadamente 40%, e em fevereiro de 2025 o preço subiu 10%.
Em levantamento feito pela Universidade de São Paulo (USP) foi avaliado que o preço da saca de 60 kg chegou a R$ 2.769,45 em 12 de fevereiro, quebrando recorde.
“Os baixos estoques nacionais e globais da variedade vêm sustentando o movimento de alta. Além disso, a produção brasileira da safra 2025/26 deve ser novamente modesta. A demanda, por sua vez, segue aquecida, mesmo diante dos preços elevados”, afirmaram os pesquisadores da USP.
Café brasileiro mais caro que petróleo
Com a alta sobre o café, por quilograma, o grão está valendo mais do que o petróleo, matéria-prima do diesel e da gasolina. Em janeiro de 2024, cada quilograma do café foi exportado por US$ 5,4, ou seja, doze veze mais caro que a mesma quantidade de petróleo nacional, vendida no mercado externo por US$ 0,40.
Os dados são da Comex Stat, plataforma do Governo Federal em que ficam registrados os preços dos produtos exportados pelo país. Desde o início do histórico, em 1997, a plataforma mostra que a valorização do grão não é algo recente.
Isso porque em 2002, o preço por quilo do grão superou a do óleo mineral, em que cada quilo do café verde foi exportado por US$ 0,80, enquanto o petróleo foi comercializado internacionalmente por US$ 0,14.
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