O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro não retaliará os Estados Unidos pela recente decisão de taxar produtos de aço e alumínio produzidos no Brasil. A taxação, que impõe uma tarifa de 25% sobre esses produtos, foi implementada pelo governo de Donald Trump e pode afetar cerca de US$ 150 bilhões em mercadorias. Para Haddad, a melhor estratégia é a negociação, não uma reação imediata.
Haddad destacou que o governo brasileiro já enfrentou situações de negociação em condições mais desafiadoras e que a taxação de produtos brasileiros não é benéfica nem para os Estados Unidos, dado o equilíbrio comercial entre os dois países. O ministro ressaltou que os empresários do setor de aço e alumínio têm apresentado argumentos convincentes de que a taxação não trará vantagens para os EUA.

O Brasil está adotando uma postura mais diplomática em relação à medida. O Governo Lula já havia se posicionado anteriormente contra as tarifas impostas por Trump, e o presidente chegou a afirmar que tomaria uma atitude de "reciprocidade" se as tarifas fossem implementadas. No entanto, Haddad e o vice-presidente Geraldo Alckmin optaram por priorizar as negociações com a administração americana, buscando soluções mais favoráveis para o comércio bilateral.
Em relação às exportações, o ministro da Fazenda explicou que as negociações devem ser conduzidas de forma estratégica, considerando o impacto sobre a indústria nacional. O governo espera que a negociação com os EUA seja mais vantajosa para o Brasil, sem recorrer a uma resposta agressiva ou retaliatória.
Enquanto o presidente Lula adotava um discurso mais enfático contra a taxação, a equipe econômica preferiu uma abordagem mais diplomática e focada no diálogo com os Estados Unidos. Haddad concluiu que o objetivo é buscar uma solução que seja benéfica para ambas as partes e que evite um conflito comercial mais acirrado.
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