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Economia e Negócios

Petrobras pode mexer nos preços dos combustíveis em caso de novo aumento

Executiva explicou que monitora preços e que, se os valores estiverem altos, a estatal vai intervir.

A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que a empresa pode ajustar os preços dos combustíveis se houver uma discrepância significativa em relação aos valores praticados no mercado internacional. Em entrevista ao jornal Estadão, a executiva explicou que a estatal monitora os preços a cada 15 dias e que, se os valores estiverem muito altos ou baixos, a Petrobras poderá tomar medidas para corrigir essa diferença. Chambriard destacou que a companhia não pode perder mercado nem gerar prejuízo com a variação nos preços externos.

A Petrobras vem acompanhando atentamente a flutuação dos preços internacionais, como no caso do diesel e da gasolina, cujos preços atualmente apresentam uma defasagem de 1% e 3%, respectivamente, em relação aos preços globais. Esse cenário de variação de preços é um dos fatores responsáveis pela alta da inflação, que atingiu 1,31% em fevereiro, o maior índice em 22 anos, com os combustíveis sendo os responsáveis por um impacto de 4,35% no diesel, 3,62% no etanol e 2,78% na gasolina.

Foto: Tânia Rego/Agência BrasilMagda Chambriard
Magda Chambriard

Apesar da pressão externa sobre a empresa, especialmente da mídia, a presidente da Petrobras disse não sentir a necessidade de diminuir os preços no curto prazo. "Não há pressão do governo, que considera o posicionamento da Petrobras correto", afirmou. Chambriard também destacou que, após assumir a presidência da estatal, a empresa teve liberdade para ajustar os preços de acordo com o que foi considerado adequado no momento, sem pressões externas.

O modelo de ajuste de preços que a Petrobras segue tem como base a tendência do mercado internacional, enquanto busca evitar volatilidade interna. A empresa, segundo a presidente, trabalha para equilibrar o market share sem prejudicar as finanças da companhia. "Não podemos deixar o preço ficar muito alto, porque isso nos faz perder mercado, nem muito baixo, porque perdemos dinheiro", ressaltou.

Magda Chambriard ainda comentou sobre o impacto dos preços nos resultados da empresa e afirmou que a gestão da Petrobras tem buscado equilíbrio entre a rentabilidade e a competitividade. Embora a defasagem de preços seja pequena, a empresa continua monitorando constantemente essa questão e adotando as medidas necessárias para evitar prejuízos e manter sua participação no mercado de combustíveis.

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