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Sigefredo Pacheco - Piauí

Professora que acusou prefeito de Sigefredo Pacheco de vazar nudes é encontrada morta

Jaquiely tinha 32 anos e trabalhava como professora. Ela era psicopedagoga clínica e institucional.

A professora Jaquiely Maria Lima Oliveira foi encontrada morta na manhã desta quinta-feira (06). Dois dias antes, na terça-feira (04), ela havia conseguido uma medida protetiva contra o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira, acusado de vazar suas fotos íntimas. A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte.

Jaquiely tinha 32 anos e trabalhava como professora. Ela era psicopedagoga clínica e institucional. A mulher havia registrado um boletim de ocorrência contra o prefeito, Murilo Bandeira, denunciando que teve algumas fotos íntimas vazadas pelo gestor.

Foto: Reprodução/FacebookPrefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira
Prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira

Vazamento de fotos íntimas

Segundo a denúncia, a professora Jaquiely Maria Lima Oliveira manteve um relacionamento extraconjugal com o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira, em 2021. Na época, ela enviou a ele, de forma privada, algumas imagens íntimas. No dia 3 de março, segundo seu relato, essas imagens foram repassadas ao seu marido.

Ainda conforme a denúncia, diante da situação, Jaquiely tentou entrar em contato com Murilo Bandeira, mas não obteve resposta. Em seguida, procurou a esposa do prefeito, que teria afirmado já ter conhecimento das fotos e se comprometido a informá-lo, para que entrasse em contato com a professora.

Medida protetiva contra o prefeito

Após a denúncia, a juíza Fernanda Marinho de Melo Magalhães Rocha aplicou uma medida protetiva contra o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira. A decisão foi assinada nesta terça-feira (04).

Foram determinadas as seguintes medidas:

a) Proibição de aproximação da vítima, seus familiares e testemunhas, com a fixação do limite mínimo de distância de 500 (quinhentos) metros entre a vítima e o agressor;
b) Proibição de contato com a vítima, seus familiares e testemunhas, por qualquer meio de comunicação, inclusive redes sociais;
c) Proibição de divulgar qualquer foto ou vídeo íntimo da vítima sem o seu consentimento.

Prefeito negou as acusações

A assessoria jurídica do prefeito Murilo Bandeira negou as acusações, afirmando que a denúncia trata-se de Fake News. Ainda segundo a defesa, a Secretaria de Segurança Pública será acionada para apurar o caso.

Confira a nota na íntegra:

Caso envolvendo o prefeito de Sigefredo Pacheco, Murilo Bandeira.

Em respeito às famílias sigefredoenses, o gestor municipal, Murilo Bandeira, repudia a fake news em que o acusam de ter "vazado fotos íntimas" de uma senhora.

A defesa técnica tem consciência da delicadeza do tema e, com seriedade, serão tomadas as seguintes providências:

a) Comunicação à Polícia Civil e à Secretaria de Segurança Pública para a devida apuração do caso;
b) Disponibilização dos aparelhos eletrônicos do prefeito para perícia;
c) Responsabilização criminal e civil daqueles que propagarem, de qualquer forma, falsas informações que maculem a honra e a imagem dos envolvidos e seus familiares.

Hartonio Bandeira
OAB/PI 6489

Polícia Civil vai investigar circunstâncias da morte

Ao GP1, o delegado regional de Campo Maior, Carlos Júnior, afirmou que tomou conhecimento da morte da professora no início da tarde desta quinta-feira (06) e que o Departamento de Polícia Científica e o IML foram deslocados para realizar o atendimento da ocorrência.

Segundo o delegado, as duas situações estão sendo acompanhadas pela Polícia Civil. A denúncia por parte da vítima e a morte.

“São dois fatos distintos, um que será apurado pela DEAMGV e o outro para apurar se houve suicídio, que nesse caso não haverá crime, ou possível crime de homicídio. A perícia já foi acionada para realização do trabalho técnico”, explicou o delegado Carlos Júnior.

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