A inflação de janeiro foi sentida principalmente pelos brasileiros de renda média e baixa, com destaque para os aumentos nos preços de alimentos básicos como tomate e café. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira (24), esses dois itens foram os que mais pressionaram a alta de preços no início do ano.
Os números têm como base o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), considerado a prévia da inflação oficial. Em janeiro, o IPCA-15 registrou alta de 0,11%, após o avanço de 0,34% em dezembro de 2023. O grupo Alimentação e Bebidas, com aumento de 1,06% e impacto de 0,23 ponto percentual no índice geral, foi o principal responsável pela inflação do mês.
Tomate e café também foram os maiores responsáveis pela alta dentro do grupo Alimentação e Bebidas, que tem o maior peso no cálculo do IPCA-15. Em termos acumulados, a inflação de 2024 já registra alta de 4,71%, enquanto a meta do governo para o ano é de 3%, com margem de tolerância entre 1,5% e 4,5%.
O cenário levou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a se reunir, na manhã desta sexta-feira (23), com os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Agricultura, Carlos Fávaro, e do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira. O encontro teve como pauta principal o aumento dos preços dos alimentos e possíveis medidas para conter a pressão inflacionária.
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