As exportações brasileiras para a África atingiram um valor recorde de US$ 9,8 bilhões em 2023, com os países africanos buscando principalmente açúcar, milho, carnes e soja. No entanto, a participação africana nas exportações brasileiras permaneceu em 7%, apesar do aumento no segmento. No início dos anos 2000, a África representava 4% das importações brasileiras, totalizando US$ 525 milhões.
Esse número subiu para 11% em 2011, mas caiu para 6% em 2019. Em 2023, o gasto africano com açúcar foi de US$ 4,7 bilhões, seguido por milho e carnes, totalizando US$ 1,5 bilhão cada. As exportações brasileiras de animais vivos, que ganharam espaço na África há cinco anos, perderam relevância, principalmente durante a pandemia.
O Egito, um importante parceiro nesta área, reduziu suas compras de US$ 56 milhões em 2019 para US$ 928 mil em 2021, antes de aumentar para US$ 33 milhões no ano passado. Os egípcios são um dos parceiros comerciais mais importantes do agronegócio brasileiro na África, sendo responsáveis por 17% das importações africanas no Brasil.
Em 2023, o Egito adquiriu 1,13 milhão de toneladas de açúcar, 1,62 milhão de toneladas de milho e 130 mil toneladas de carne bovina e de frango. Por outro lado, o Brasil perdeu espaço nas exportações de lácteos para a África. As vendas de leite condensado, creme de leite e outros concentrados caíram para uma média anual de 816 toneladas nos últimos quatro anos.
Em contrapartida, as exportações de ovos atingiram um patamar recorde de 6.563 toneladas em 2023, com valor de US$ 26 milhões. Os principais parceiros do agronegócio brasileiro na África são a Argélia, com importações de US$ 2,2 bilhões, e o Egito, com US$ 1,6 bilhão. Marrocos e Nigéria vêm a seguir, com US$ 1,2 bilhão e US$ 851 milhões, respectivamente.
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