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Empresa de Gusttavo Lima é citada em inquérito sobre PCC e máfia italiana

A operação foi deflagrada em dezembro do ano passado, com a emissão de 35 mandados de busca e apreensão.

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal no Paraná revelou uma extensa rede internacional de tráfico de drogas com o Primeiro Comando da Capital (PCC) utilizando o porto de Paranaguá (PR) para o envio de entorpecentes à Europa, com destino principalmente a integrantes de máfias italianas e albanesas. O inquérito, que leva o nome de "Mafiusi", revelou três principais núcleos de atuação: o operacional (tráfico), o de liderança (coordenação) e o financeiro (lavagem de dinheiro).

De acordo com documentos obtidos pela CNN, o nome do cantor Gusttavo Lima surgiu no núcleo financeiro da operação, relacionado a negociações envolvendo a compra e venda de uma aeronave de sua empresa, a Balada Eventos. A empresa do cantor foi mencionada no contexto de transações financeiras analisadas pela PF, que investiga o uso de bens de luxo, como aviões, cavalos, haras e barcos, para ocultar recursos oriundos do tráfico internacional de drogas.

Foto: Reprodução/ InstagramNome de Gusttavo Lima entra na lista de procurados em aeroportos do Brasil
Gusttavo Lima

A operação foi deflagrada em dezembro do ano passado, com a emissão de 35 mandados de busca e apreensão, sendo que alguns deles foram cumpridos na Itália, por meio de cooperação internacional. O bloqueio de ativos financeiros também afetou 79 pessoas físicas e jurídicas, e a estimativa dos bens apreendidos ultrapassa os R$ 126 milhões.

A investigação revelou ainda que o grupo criminoso utilizava esses itens de luxo como parte de uma estratégia de lavagem de dinheiro. Embora o nome de Gusttavo Lima tenha sido citado devido à sua ligação com a empresa mencionada nas transações, o cantor não é alvo da investigação. A Polícia Federal esclareceu que ele é apenas representante da Balada Eventos, que foi citada nas negociações financeiras. O grupo criminoso continua sendo investigado, e o caso segue em apuração.

Entre os presos, destaca-se Willian Agati, conhecido como "Concierge do PCC", que é apontado como um dos líderes da operação. Quatro pessoas ainda permanecem presas, e os mandados de prisão e bloqueios de ativos estão em andamento.

Em nota, a assessoria da empresa de Gusttavo Lima negou qualquer envolvimento com atividades ilícitas e afirmou estar colaborando com as investigações.

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