O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira, 26, que o governo está acelerando as privatizações para conseguir manter os programas sociais. Em palestra com auditório lotado na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Guedes afirmou ainda que a Petrobras também tem feito suas vendas para focar na extração do petróleo, que, segundo ele, foi deixado no fundo do mar e em alguns anos pode não valer mais nada.
"O petróleo está no fundo do mar, pode ser que daqui a 20 ou 30 anos o carro vai ser elétrico e o petróleo pode ficar sem valor. Então, estamos trabalhando a mil por hora para focar a Petrobras na extração do petróleo", afirmou Guedes.
Jair Bolsonaro
O ministro da Economia afirmou que confia no sucesso do governo Bolsonaro por perceber um amadurecimento do Congresso e confiar integralmente no mandatário da nação. Segundo Guedes, Bolsonaro "não sabe falar inglês, mas é um homem de bons princípios".
"Acredito no presidente (Bolsonaro), ele é um homem de coragem, de determinação e de princípios morais". Segundo ele, se preocupam com maus modos de Bolsonaro, mas "está cheio de gente por aí com ótimos modos e péssimos princípios", disse durante palestra na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) arrancando risadas e aplausos da plateia formada por empresários.
Ele afirmou também que confia no Congresso Nacional para aprovar as matérias que o governo tem interesse, como da Previdência e Tributária, avaliando que o parlamento também amadureceu. "Somos uma sociedade em amadurecimento", afirmou.
Crescimento
Paulo Guedes, disse ainda que não existe recuperação rápida para a retomada de crescimento da atividade econômica no País, mas que o governo está agora no caminho certo da recuperação.
Segundo Guedes, o Brasil foi perdendo a dinâmica de crescimento ao longo das últimas décadas. "Isso (a perda de dinamismo) não é coisa rápida. Também não tem recuperação rápida. Mas vai dar certo, porque estamos fazendo o caminho inverso (ao dos governos anteriores)", discursou Paulo Guedes para empresários, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).
Guedes criticou a política econômica de seus antecessores e afirmou que o principal responsável pela desaceleração do Produto Interno Bruto brasileiro foi o crescimento descontrolado de gastos públicos.
"Nunca o combate foi frontal ao desarranjo, que eram os gastos públicos excessivos", diagnosticou o ministro.
Ele lembrou que os gastos públicos como proporção do PIB alcançaram o pico no governo da ex-presidente Dilma Rousseff, mas que o governo do presidente Jair Bolsonaro tem conseguido reverter a tendência já nesses primeiros seis meses de gestão, aprovando a reforma da Previdência e destravando o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia.
Um dos focos do governo foi lidar com a "bomba demográfica", disse Guedes, que defendeu a aprovação do sistema de capitalização, conforme sugerido pela equipe econômica.
"Por que o pobre não pode capitalizar seus recursos também?", questionou. "No momento que o Congresso aprovar que não há capitalização, não há capitalização", reconheceu.
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