Os ministros Juscelino Filho (Comunicações) e Celso Sabino (Turismo) declararam apoio à reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 2026, contrariando a possibilidade de candidatura própria do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, pelo União Brasil. A manifestação dos dois ministros ampliou a divisão interna do partido, que ocupa atualmente três ministérios no Governo Federal e outros cargos estratégicos no segundo escalão, como a presidência da Codevasf, comandada pelo líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento (BA).
Celso Sabino defendeu que o debate sobre o apoio do partido seja antecipado, sugerindo uma definição já no início de 2025, quando o governo Lula chega à metade do mandato. Segundo Elmar Nascimento, caso a tese de candidatura própria seja aprovada, o partido precisará entregar os cargos ocupados na atual administração, pois construir uma candidatura adversária enquanto integra o governo seria uma "traição". Ele destacou que há maioria dentro do partido para descartar a candidatura de Caiado, alinhando-se ao apoio ao presidente Lula.
O ministro Juscelino Filho também se posicionou em favor de Lula, embora tenha ponderado que o debate deve ocorrer no momento oportuno. "Sempre fui claro em relação ao meu apoio à reeleição do presidente Lula. Essa é a minha posição pessoal e que defendo dentro do partido. O governador Caiado é um grande quadro político e tem todos os atributos para almejar qualquer cargo. Por isso, o assunto precisa e deve ser debatido dentro do União Brasil no momento adequado", declarou o ministro.
O governador Ronaldo Caiado, por sua vez, afirmou que é "impossível" o União Brasil apoiar Lula em 2026 e anunciou que lançará sua pré-candidatura à Presidência da República no Carnaval, em Salvador. Em resposta, Elmar Nascimento rebateu, afirmando que "impossível é ele ser candidato", em referência à força interna dos ministros e de seus aliados no partido.
O União Brasil ocupa, além dos Ministérios das Comunicações e do Turismo, o Ministério da Integração Nacional, ainda que o titular da pasta não seja filiado à sigla.
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