O Supremo Tribunal Federal (STF) vai julgar a balconista Diovana Vieira da Costa por participação nos atos de 8 de janeiro de 2023. A mulher está grávida de oito meses.
Diovana alega que não participou dos protestos. Ela afirma que chegou a Brasília no início da noite do dia 8 de janeiro, depois das invasões dos prédios da Praça dos Três Poderes. Mesmo assim, a balconista foi presa na manhã do dia seguinte, próximo ao acampamento no Quartel-General do Exército.

A presença de Diovana nos atos não foi provada pela Procuradoria-Geral da República (PGR). Através da denúncia, a PGR admitiu não ter notícia de que a balconista estivesse entre os manifestantes.
A acusada, que é casada com um motoboy, disse, em entrevista à revista Veja, estar preocupada com o julgamento. “É assustador. Pensar que posso ser presa, esperando um bebê. Não participei dos atos em Brasília. Fui lá apenas para conhecer a capital", disse.
Além disso, o ministro do STF, Alexandre de Moraes, não autorizou a intimação de uma testemunha crucial. Segundo a Defensoria Pública da União (DPU), a testemunha, que é o motorista do ônibus que a transportou até a capital federal, poderia comprovar que Diovana chegou a Brasília depois dos protestos.
Os advogados de Diovana insistem para que Moraes intime judicialmente o motorista, já que ele se negou a ser testemunha. A DPU enviou uma manifestação, em 5 de março, a Moraes, apontando violações cometidas pelo magistrado contra o direito de defesa.
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