Na tarde desta quarta-feira (31), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que o sistema de segurança do Brasil está “falido”. O ministro atribuiu o fracasso à “nacionalização” e a “transnacionalização” do crime. Em seu discurso, Jungmann usou o traficante “Nem da Rocinha”, que está preso em uma penitenciária de segurança máxima em Rondônia, como exemplo.
“Nem está a 5 mil quilômetros do Rio de Janeiro. Mesmo assim, declara uma guerra na Rocinha, o que leva as Forças Armadas a serem convocadas. O sistema também faliu porque o governo federal não tem mandato sobre a situação dos estados, apenas em situações extraordinárias, que não deveriam acontecer”, explicou.
- Foto: Dida Sampaio/Estadão Conteúdo
Ministro da Defesa, Raul Jungmann
O ministro ainda falou que há “um certo masoquismo” na divulgação de reportagens sobre a violência no Rio de Janeiro. “O problema da segurança não vai se resolver na Defesa. Não. Está havendo uma banalização disso”, disse.
Exército no Rio
Na região da Cidade de Deus, no Rio, houve um confronto que deixou três pessoas mortas e o trânsito interrompido. Em entrevista ao G1, o ministro disse que a situação é “grave e extremamente lamentável”.
"É um fato grave e extremamente lamentável. O Rio de Janeiro levou décadas para chegar ao estado que está. Nós estamos ajudando o Rio há sete meses. As Forças Armadas não podem combater o crime na Rocinha, porque se fossem enfrentar com poder letal a criminalidade, seria uma tragédia. As Forças Armadas são feitas para destruir", avaliou o ministro. Segundo ele, a justiça do Rio deveria emitir mandados coletivos para ajudar nas prisões e apreensões".
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