Tome uma atitude sua besta. Seja uma besta de atitude, mesmo que seja uma atitude besta, seja uma besta com atitude. É parafraseando o eclético, poético e sangue bom Zeca Baleiro que vou relatar, denunciar essa barbaridade.
Recentemente fui convidado para participar com papel passado e tudo, de uma audiência pública sobre transporte coletivo na Câmara Municipal de Teresina. Chegando lá vi que o evento estava muito prestigiado por estudantes e muitas lideranças comunitárias. Animei-me. Passei por uma divisória de vidro que isola a tribuna do plenário. Confesso que não entendi pra que. Talvez, penso eu, seja para conservar a distância entre os edis daquela casa e a plebe. Se fosse coisa que pudesse tirar, naquele dia ela não ia fazer falta pelo número insignificante de vereadores no local: de vinte e um só tinha cinco. Dois posaram para os presentes e pra foto e tiraram por cima, um deles é o presidente da casa.
Apesar da ausência quase total dos paladinos do povo, estavam presentes representantes da prefeitura, sindicato patronal, laboral, promotoria de justiça e o representante das pessoas com deficiência, que apresentou um demonstrativo das limitações que o sistema de transporte impõe a essas pessoas. Falou-se muito na tão sonhada integração, mote de campanha dos candidatos a prefeitos de Teresina. Se a população não abrir do olho vai ser prometido de novo em 2012. Eu ali naquele lugar confortável, “no bafo”, ficava pensando com meus botões qual seria a minha fala, pois reclamações ouço e vejo demais da conta. Chegando minha vez, fui à tribuna ávido para dizer as do fim.
Como na abertura dos trabalhos o presidente daquela casa sugeriu um minuto de silêncio pelas crianças vítimas do mega sociopata fluminense de Realengo no Rio de Janeiro, eu pedi um momento de repúdio pela ausência e descompromisso dos vereadores com os usuários dos ônibus e a população em geral. Com um sorriso de orelha a orelha, o capitão do mato da SETUT, que pensei estar consentindo comigo, depois me toquei que tava era fazendo pouco, debochava da minha fala. Não sei por que, mas achei que ele tinha tudo a ver com o sumiço dos funcionários temporários do povo naquele evento.
Falei da zona rural de Teresina que tem um ônibus seis da manhã e outro seis da tarde. Isso de segunda a sexta, porque no sábado e no domingo, como se diz aqui por essas banda, os moradores de lá “toram brita”. Além disso, os ônibus estão em péssimo estado de conservação ,alguns deles tem buraco no piso que dá pra ver o pinche, rodam superlotados e atrasados. Quando um deles quebra raramente tem outro pra repor. Na zona urbana os problemas são os mesmos: excesso de passageiros, número reduzido de ônibus no horário de pico, passagens caras para um percurso pequeno, engarrafamentos, desrespeito com os idosos, deficientes, crianças, estudantes; inexistência de pontos de espera decentes. Você tem que levar guarda- chuva, procurar a sombra de uma árvore ( se tiver), ou pegar carona na sombra de um poste, biqueira de casa e dos próprios ônibus quando param. Vale tudo pra se proteger do sol escaldante de Teresina ou das chuvas repentinas.
Fui sincero com os estudantes e com algumas pessoas que perguntaram minha opinião e disse que apesar da boa vontade da vereadora acredito que aquela seria mais uma audiência que não ia dar em nada. Primeiro pela ausência dos vereadores ( inclusive do único que é do partido da proponente da audiência). Aliás, o nobre edil mandou uma justificativa pela assessoria depois que eu critiquei a ausência. Segundo: o sorriso desdenhoso, desrespeitoso, arrogante e de não to nem aí do Don Corleone da SETUT. Na minha fala, precisei lembrá-lo que as empresas são privadas mas a concessão é publica, e que ele estava ali gordo e nutrido ás custas do dinheiro do povo, e sorria o tempo todo porque não tinha nenhum parente nem mesmo em terceiro grau que dependesse de um coletivo. Ele se mancou e me fez um elogio falando que eu era um palhaço, artista circense de minha admiração. Devolvi de pronto e acrescentei que ele era um canalhocrata.
Fico impressionado de imaginar como pode ser isso: desde quando eu me entendi em gente não existe licitação para novas empresas de ônibus, ficando tudo em família. Enquanto isso, os monopolistas empresários do sistema de transporte coletivo fazem o que querem, pintam e bordam sem nenhum compromisso com a população que padece de insatisfação constante sem ter a quem reclamar. Fico imaginando se esse prefeito terá coragem de botar ordem na casa, pois não botei muita fé na conversa da STRANS, que aliás nem sua superintendente apareceu. Mandou apenas um engenheiro que já é manjado em representar e mentir.
Ah! ia esquecendo quando a audiência estava quase terminando, chegou uma vereadora verde que de tanto atraso tava madura, quase estragada. A tal vereadora se colocou do lado dos presentes e do povo. Logo ela que no governo passado não dava um pio... só chave. Tomara que ela não se zangue porque eita povo mufino!!! Senti-me induzido a ser o janota do Zeca, só que com atitude e não tão só!!!!!
Zé da Cruz poeta e liderança comunitária
[email protected]
Recentemente fui convidado para participar com papel passado e tudo, de uma audiência pública sobre transporte coletivo na Câmara Municipal de Teresina. Chegando lá vi que o evento estava muito prestigiado por estudantes e muitas lideranças comunitárias. Animei-me. Passei por uma divisória de vidro que isola a tribuna do plenário. Confesso que não entendi pra que. Talvez, penso eu, seja para conservar a distância entre os edis daquela casa e a plebe. Se fosse coisa que pudesse tirar, naquele dia ela não ia fazer falta pelo número insignificante de vereadores no local: de vinte e um só tinha cinco. Dois posaram para os presentes e pra foto e tiraram por cima, um deles é o presidente da casa.
Apesar da ausência quase total dos paladinos do povo, estavam presentes representantes da prefeitura, sindicato patronal, laboral, promotoria de justiça e o representante das pessoas com deficiência, que apresentou um demonstrativo das limitações que o sistema de transporte impõe a essas pessoas. Falou-se muito na tão sonhada integração, mote de campanha dos candidatos a prefeitos de Teresina. Se a população não abrir do olho vai ser prometido de novo em 2012. Eu ali naquele lugar confortável, “no bafo”, ficava pensando com meus botões qual seria a minha fala, pois reclamações ouço e vejo demais da conta. Chegando minha vez, fui à tribuna ávido para dizer as do fim.
Como na abertura dos trabalhos o presidente daquela casa sugeriu um minuto de silêncio pelas crianças vítimas do mega sociopata fluminense de Realengo no Rio de Janeiro, eu pedi um momento de repúdio pela ausência e descompromisso dos vereadores com os usuários dos ônibus e a população em geral. Com um sorriso de orelha a orelha, o capitão do mato da SETUT, que pensei estar consentindo comigo, depois me toquei que tava era fazendo pouco, debochava da minha fala. Não sei por que, mas achei que ele tinha tudo a ver com o sumiço dos funcionários temporários do povo naquele evento.
Falei da zona rural de Teresina que tem um ônibus seis da manhã e outro seis da tarde. Isso de segunda a sexta, porque no sábado e no domingo, como se diz aqui por essas banda, os moradores de lá “toram brita”. Além disso, os ônibus estão em péssimo estado de conservação ,alguns deles tem buraco no piso que dá pra ver o pinche, rodam superlotados e atrasados. Quando um deles quebra raramente tem outro pra repor. Na zona urbana os problemas são os mesmos: excesso de passageiros, número reduzido de ônibus no horário de pico, passagens caras para um percurso pequeno, engarrafamentos, desrespeito com os idosos, deficientes, crianças, estudantes; inexistência de pontos de espera decentes. Você tem que levar guarda- chuva, procurar a sombra de uma árvore ( se tiver), ou pegar carona na sombra de um poste, biqueira de casa e dos próprios ônibus quando param. Vale tudo pra se proteger do sol escaldante de Teresina ou das chuvas repentinas.
Fui sincero com os estudantes e com algumas pessoas que perguntaram minha opinião e disse que apesar da boa vontade da vereadora acredito que aquela seria mais uma audiência que não ia dar em nada. Primeiro pela ausência dos vereadores ( inclusive do único que é do partido da proponente da audiência). Aliás, o nobre edil mandou uma justificativa pela assessoria depois que eu critiquei a ausência. Segundo: o sorriso desdenhoso, desrespeitoso, arrogante e de não to nem aí do Don Corleone da SETUT. Na minha fala, precisei lembrá-lo que as empresas são privadas mas a concessão é publica, e que ele estava ali gordo e nutrido ás custas do dinheiro do povo, e sorria o tempo todo porque não tinha nenhum parente nem mesmo em terceiro grau que dependesse de um coletivo. Ele se mancou e me fez um elogio falando que eu era um palhaço, artista circense de minha admiração. Devolvi de pronto e acrescentei que ele era um canalhocrata.
Fico impressionado de imaginar como pode ser isso: desde quando eu me entendi em gente não existe licitação para novas empresas de ônibus, ficando tudo em família. Enquanto isso, os monopolistas empresários do sistema de transporte coletivo fazem o que querem, pintam e bordam sem nenhum compromisso com a população que padece de insatisfação constante sem ter a quem reclamar. Fico imaginando se esse prefeito terá coragem de botar ordem na casa, pois não botei muita fé na conversa da STRANS, que aliás nem sua superintendente apareceu. Mandou apenas um engenheiro que já é manjado em representar e mentir.
Ah! ia esquecendo quando a audiência estava quase terminando, chegou uma vereadora verde que de tanto atraso tava madura, quase estragada. A tal vereadora se colocou do lado dos presentes e do povo. Logo ela que no governo passado não dava um pio... só chave. Tomara que ela não se zangue porque eita povo mufino!!! Senti-me induzido a ser o janota do Zeca, só que com atitude e não tão só!!!!!
Zé da Cruz poeta e liderança comunitária
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*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
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