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Desembargador Edvaldo Moura: o Dia Internacional da Mulher

Coluna do desembargador do Tribunal de Justiça do Piauí, Edvaldo Pereira de Moura.

Edvaldo Pereira de Moura

Desembargador do TJ-Piauí. Mestre em Ciências Criminais pela PUC-RS. Membro da Academia Brasileira de Letras da Magistratura – ABLM. Vice-Presidente do IMB e Professor de Direito Penal e Processual Penal da UESPI.

Nesta data veneranda, quando se festeja o Dia Internacional da Mulher, quero estender meu amplexo de respeito, estima e gratidão a todas as mulheres do mundo, principalmente às mães, que exercem tão nobre missão, amamentando suas divinas crias ou as ensinando os primeiros passos no mundo, muitas vezes privando-se da mínima cota de alimento para sustê-los com o sopro da existência.

Antes de tudo, confesso minha enorme tristeza de ver diante de todos nós um mundo cada vez mais sem as credenciais para receber em seu meio, com a dignidade merecida, tantas heroínas e seus filhos, quer oriundos de favelas, tugúrios, barracos ou mansões, com o coração constrangido pelo medo e pela angústia de pouca esperança, não apenas para um futuro pleno, mas para os dias vividos nos primeiros momentos.

Nunca, em todo o curso da humanidade, a mulher tem sido ré indefesa do nefando crime de ter nascido mulher. A evolução social, econômica, política, científica e tecnológica em todos os cantos da terra parece não ter limite natural para deixar de evoluir, de crescer de alimentar a saciedade e a sede do ser e do ter dos donos do mundo e provedores sovinas do milagre da vida, como se fossem um deus plenipotente, com poder de vida e morte sobre todos.

Nunca o ódio, o estranhamento entre irmãos, a vilania dos poderosos, a insensatez e o preconceito estrutural regado pelo egoísmo, a crueldade, a estupidez, a truculência e a imoralidade, tiveram alvo tão fáceis, certeiros, covardes e vulgares como a condição humana das mulheres, onde quer que elas existam e tentem resistir para existirem.

Diante dessa calamidade humana sistêmica, sem limites racionais e sem esperanças de um justo cobro, só nos cabe levar às mulheres nossas pálidas esperanças de um mundo melhor em futuro às expensas de Deus.

Antes, porém, que milagres aconteçam, lancemos sobre a cabeça de nossas mães, tias, esposas, filhas, irmãs, sobrinhas, netas, parentas, amigas e, com especial zelo, aquelas mulheres mártires grudadas a seus pequenos rebentos, que figuram nos noticiários, cansados e repetitivos do dia a dia, como simples números sepultados sob os escombros dos bombardeios dos donos do mundo.

Desejo do fundo da alma que um dia, em concerto, todas as nações do mundo se unam e uníssonas, todas as mulheres reverberem na terra e nos céus, um hino triunfal de tributo à vida, num contentamento verdadeiro ao Dia Internacional da Mulher, festejado com o mesmo encanto a cada um dos 365 dias do ano.

Por fim, e pelo transcurso de tão significativa data, sinto-me no dever de felicitar a minha esposa, Celina Moura, as minhas filhas, Luciana Mara e Vitória Moura, e as minhas amigas, Eliana Calmon, Maria Thereza de Assis Moura, Cármen Lúcia Antunes Rocha, Jussara Lima, Lilian Martins, Rejane Dias, Raísa Brito, Ana Letícia Anarelli Rosati Leonel, Fides Angélica Veloso Omati e Gisela Pereira Resende Vilela.

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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