A ex-presidente chilena, Michelle Bachelet, também brilhou nas pesquisas em final de governo com excelente aprovação (cerca de 80%). Mas na hora H o povo chileno, inteligente, viu que o continuísmo não era uma boa solução. Afinal, ninguém é insubstituível.
As ideias, ou seja, o conjunto de pensamentos de um indivíduo ou grupo político não pode ser tomado de forma absoluta durante todo o tempo, e deve, com a devida prudência, ceder espaço à renovação natural do pensamento humano, filosófico e político. Assim, é salutar que haja descontinuidade de filosofia política no comando da Nação, ou que não se radicalize com a ideia de que, sem a presença de alguém ou sem o seu apoio na direção presidencial, o Brasil não vai pra frente.
Por outro lado, um dirigente de uma Nação não deveria subestimar os esforços de todos os governos anteriores, pois eles serviram - de alguma forma como alerta -, de antecedentes históricos positivos ou negativos para a condução das políticas públicas dos novos governantes. Da mesma forma, nenhum governo deveria supervalorizar alguns resultados porventura considerados positivos de sua administração como resposta a seus antecessores. Governar não é participar de concurso de desforra política
Aqueles que pregam a continuação de governo não devem esquecer de que qualquer hegemonia política só levará o País ao implacável autoritarismo. O que, aliás, já se vem sentindo, por exemplo, com os desmandos presidenciais ao Tribunal de Contas da União (TCU), que fez restrições às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A invasão dos sigilos bancários e fiscais dos cidadãos (Palocci/caseiro Francelino/CEF, Eduardo Jorge e outros ligados ao PSDB, filha de Serra/Receita Federal). A interferência para que negócios suspeitos de correligionários ou apoiadores não sejam apurados (família Sarney - Receita Federal/exoneração de secretária).
A tentativa de privatização partidária das instituições públicas é um prenúncio da desmoralização democrática. Os governos democráticos precisam de constantes renovações. E todos deveriam ter essa conscientização.
É um grande erro achar que alguém seja insubstituível no Brasil, embora as pesquisas lhe sejam favoráveis. O Chile deu o grande exemplo de democracia, refutando a hegemonia de poder, ao derrotar nas urnas o candidato da ex-presidente, Michelle Bachelet, cujo governo desfrutava de alto índice de aprovação.
*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
As ideias, ou seja, o conjunto de pensamentos de um indivíduo ou grupo político não pode ser tomado de forma absoluta durante todo o tempo, e deve, com a devida prudência, ceder espaço à renovação natural do pensamento humano, filosófico e político. Assim, é salutar que haja descontinuidade de filosofia política no comando da Nação, ou que não se radicalize com a ideia de que, sem a presença de alguém ou sem o seu apoio na direção presidencial, o Brasil não vai pra frente.
Por outro lado, um dirigente de uma Nação não deveria subestimar os esforços de todos os governos anteriores, pois eles serviram - de alguma forma como alerta -, de antecedentes históricos positivos ou negativos para a condução das políticas públicas dos novos governantes. Da mesma forma, nenhum governo deveria supervalorizar alguns resultados porventura considerados positivos de sua administração como resposta a seus antecessores. Governar não é participar de concurso de desforra política
Aqueles que pregam a continuação de governo não devem esquecer de que qualquer hegemonia política só levará o País ao implacável autoritarismo. O que, aliás, já se vem sentindo, por exemplo, com os desmandos presidenciais ao Tribunal de Contas da União (TCU), que fez restrições às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). A invasão dos sigilos bancários e fiscais dos cidadãos (Palocci/caseiro Francelino/CEF, Eduardo Jorge e outros ligados ao PSDB, filha de Serra/Receita Federal). A interferência para que negócios suspeitos de correligionários ou apoiadores não sejam apurados (família Sarney - Receita Federal/exoneração de secretária).
A tentativa de privatização partidária das instituições públicas é um prenúncio da desmoralização democrática. Os governos democráticos precisam de constantes renovações. E todos deveriam ter essa conscientização.
É um grande erro achar que alguém seja insubstituível no Brasil, embora as pesquisas lhe sejam favoráveis. O Chile deu o grande exemplo de democracia, refutando a hegemonia de poder, ao derrotar nas urnas o candidato da ex-presidente, Michelle Bachelet, cujo governo desfrutava de alto índice de aprovação.
*Júlio César Cardoso é Bacharel em Direito e servidor federal aposentado
*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1
Ver todos os comentários | 0 |