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Quanto custa uma vida?

Artigo do publicitário e criador da X Conexões Estratégicas, José Trabulo Júnior.

Quanto custa uma vida?

Uma atitude simples, como oferecer cajus a duas crianças, desencadeou um escândalo policial devastador.


Dona Lucélia, moradora de Parnaíba, no Piauí, passou cinco meses presa e viu sua casa incendiada por moradores. Tudo isso porque foi acusada injustamente de ter dado cajus envenenados às crianças, que morreram por envenenamento.

Como recuperar o tempo perdido, sendo chamada de assassina? Como reparar o sofrimento de sua família, alvo de acusações infundadas? Como restaurar a saúde mental após enfrentar um verdadeiro furacão, que deixou sequelas profundas?

Existem dois tipos de crise de imagem: a primeira ocorre quando alguém comete um erro e busca recuperar sua reputação; a segunda,  acontece quando uma pessoa é acusada injustamente e sofre as consequências disso. O caso de Dona Lucélia ilustra esse segundo cenário.

Como alguém que acompanha e ajuda pessoas em crises de imagem, posso afirmar que sair do olho do furacão exige uma estratégia bem planejada e uma comunicação eficiente. Infelizmente, Dona Lucélia não teve acesso a esse tipo de apoio profissional. Ela contou com sua família e sua fé, como expressa em suas palavras emocionantes:

"Sou inocente, sempre fui inocente. Só quem sempre acreditou em mim foi meu advogado e minha família. [...] Foi difícil, mas agradeço muito a Deus. Agora é só descansar em paz. Sempre falei a verdade, mas não acreditaram. Vou para a casa da minha família, estou aliviada."

Há um ditado que diz: se você rasgar um travesseiro de penas e sacudi-lo ao vento, jamais conseguirá recolher todas as penas. Assim é com uma mentira: mesmo após ser desmentida, a verdade nem sempre é plenamente restabelecida.

Para aqueles que forem vítimas de inverdades, deixo alguns conselhos práticos:

Reúna sua rede de apoio. Converse com sua família e amigos leais, pedindo que sejam seu suporte emocional.

Mantenha a fé e a esperança. Acredite que "tudo passa", independentemente da dificuldade do momento.

Responda de forma rápida e precisa. Ofereça argumentos sólidos que desmintam as acusações, utilizando comunicados para a imprensa e redes sociais.

Monitore a crise. Esteja atento à evolução do caso e, se necessário, crie novos fatos que joguem luz à verdade.

Entretanto, seja cauteloso: uma resposta exagerada pode ampliar o alcance do problema, atraindo atenção indesejada de quem desconhecia o assunto.

Por fim, inspire-se na sabedoria do imperador romano Marco Aurélio:

"Você tem poder sobre sua mente – não sobre eventos externos. Perceba isso e encontrará a sua força."

Por José Trabulo Júnior

E-mail: [email protected]

*** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do GP1

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