Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz Pernambuco (Fiocruz), em colaboração com Bio-Manguinhos/Fiocruz, o Ministério da Saúde e a Secretaria Estadual de Saúde de Minas Gerais, avançaram na criação de um teste rápido para diagnosticar a peste bubônica. A fase mais recente do projeto ocorreu em Virgem da Lapa, entre 6 e 16 de setembro, onde foram realizados treinamentos e testes de campo com uma nova tecnologia.
O objetivo principal foi a detecção da doença em roedores e cães, utilizando um teste que oferece resultados em apenas 15 minutos. Este método já mostrou 100% de eficácia em condições laboratoriais, representando um salto significativo em relação aos métodos tradicionais, que podem demorar dias para fornecer resultados e custar cerca de R$ 200. O novo teste deverá ter um custo reduzido para apenas US$1, tornando-o mais acessível e eficiente.
Durante a pesquisa, foram analisados mais de 100 mamíferos, com coletas de sangue que, misturadas a um reagente, permitem a visualização do resultado sem a necessidade de equipamentos sofisticados, que costumam ser caros e requerem técnicos com formação específica para operá-los.
Os resultados preliminares têm sido promissores, e o próximo passo envolve a aprovação do teste pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, visando a distribuição em todo o Brasil. “Eu, particularmente, fico grato ao ver esses materiais sendo utilizados em campo. Foi um trabalho feito por muitas mãos, e eu realmente estou feliz por isso”, afirmou o microbiologista da Fiocruz, Matheus Bezerra.
A peste bubônica, também conhecida como peste negra, é uma doença infecciosa e potencialmente fatal causada pela bactéria Yersinia pestis. A transmissão da doença ocorre principalmente pela picada de pulgas infectadas, mas também pode ocorrer pela exposição a fluidos corporais de animais infectados.
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