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Política

Ciro Nogueira diz que a maioria do PP não quer seguir com Lula em 2026

Declaração foi dada após Lula anunciar que conversaria individualmente com os ministros do centrão.

O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, reafirmou que a "grande maioria" de seu partido continua sendo oposição ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), apesar da presença de um ministro do PP na Esplanada dos Ministérios. A declaração foi feita horas após Lula anunciar, durante reunião ministerial, que conversaria individualmente com os ministros dos partidos do centrão, incluindo o PP, o PSD e o União Brasil, que fazem parte da base governista.

Em resposta, Ciro Nogueira afirmou que a ação do presidente não teria impacto no posicionamento do partido. “Para nós, isso não tem efeito. Não participamos de indicação, não há nada partidário. A grande maioria do partido continua querendo ser oposição”, destacou o senador.


Foto: Alef Leão/GP1Senador Ciro Nogueira
Senador Ciro Nogueira

O PP conta com o ministro André Fufuca no governo, responsável pela pasta do Esporte, e pode conquistar mais espaço nas próximas semanas, durante a reforma ministerial que está sendo discutida pelo governo.

A expectativa é que o PP, liderado por Ciro Nogueira, amplie sua participação no governo com a possível nomeação de Arthur Lira (PP-AL), atual presidente da Câmara dos Deputados, para um cargo ministerial após a sua saída da presidência da Câmara, prevista para fevereiro. A escolha de Lira para o governo está ligada a acordos políticos feitos para garantir a aprovação de projetos importantes, embora haja resistência em setores do PT e dentro do próprio governo.

A reforma ministerial em curso já teve início com a troca de Paulo Pimenta por Sidônio Palmeira na Secretaria de Comunicação Social (Secom) e deve continuar com mudanças em outras pastas estratégicas. Além de Lira, nomes como Márcio Macêdo (Secretaria-Geral), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Nísia Trindade (Saúde) estão entre os cotados para cargos no governo, com foco em acomodar partidos que tiveram bom desempenho nas eleições municipais de 2024.

O objetivo da reforma ministerial é reforçar a base governista e consolidar a aliança com os partidos que se destacaram nas últimas eleições municipais, como o PSD, que venceu em 887 prefeituras, seguido pelo MDB e pelo próprio PP, que conquistou 747 prefeituras. A mudança de peças no governo busca garantir apoio político para a segunda metade do mandato de Lula.

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