O ministro Wellington Dias, do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, ponderou que é coerente não “instigar” o que ocorre na Venezuela devido a repercussão das eleições, onde parte da comunidade internacional não reconhece o processo como democrático. Em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (02), ele afirmou que não se pode criar instabilidade, “muito menos na nossa fronteira”.
“O que o Brasil cobra hoje é que se tenha um olhar que não seja de instigar. O que preocupa é que não é possível criar um ambiente que leve a uma guerra, a uma situação de instabilidade em nenhum país, muito menos na nossa fronteira”, ponderou Wellington Dias.
Ainda a respeito das eleições venezuelanas, o ministro ressaltou o comunicado conjunto divulgado por Brasil, México e Colômbia, nessa quinta-feira (1º), no qual os países pedem a publicação dos dados das urnas de votação de maneira desagregada. Além disso, afirmou que o ponto principal é garantir uma eleição democrática.
“Entendemos que são duas posições, uma de paz, de respeito, de soberania em relação aos outros países, e a defesa da democracia. Acho que a posição do Brasil junto com a Colômbia e com o México dá um sinal claro de que queremos eleição que cumpra os princípios e a eleição na Venezuela é parte de um acordo, em que o próprio presidente da Venezuela [Nicolás Maduro] e seu poder judiciário participaram em acordo com outros países, o próprio presidente Lula ajudou nessa mediação. O ponto principal é esse de garantir que se tenha uma eleição democrática.
O pleito na Venezuela
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela proclamou, nessa segunda-feira (29), Nicolás Maduro como presidente do país para o período de 2025 a 2030, para exercer seu terceiro mandato.
Parte da comunidade internacional não reconhece a vitória ou pede nova apuração dos dados das urnas, de maneira desagregada. Já o departamento de estado dos Estados Unidos da América afirmou, nessa quinta-feira (1º), que Nicolás Maduro perdeu a eleição. Segundo o órgão, os boletins divulgados pela oposição mostram a vitória de Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática, centro-direita).
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