Wanessa Gommes
O presidente Lula nomeou os advogados Flávio Jardim e Eduardo Martins, como desembargadores do Tribunal Regional Federal 1ª Região (Distrito Federal e os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Piauí, Rondônia, Roraima e Tocantins). As nomeações foram publicadas no Diário Oficial da União dessa sexta-feira (08).
Contudo, o nome de Eduardo Martins chama a atenção porque, segundo o jornalista Lauro Jardim, ele é amigo do senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Mas a escolha de Martins, é claro, não se deu pela relação com o adversário político de Lula, já que ele é filho do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Humberto Martins e tinha o apoio do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Já Flávio Jardim, que é procurador do Distrito Federal, mestre em Direito Constitucional e sócio do escritório Sergio Bermudes, tinha como apoiadores os ministros Gilmar Mendes e Flávio Dino, do STF. Os dois estavam nas duas listas tríplices entregues ao presidente pela OAB.
O TRF-1, localizado em Brasília, abarca os conflitos federais de nove estados da federação e, por isso, é considerado o tribunal de segunda instância mais importante do Brasil, fazendo com que as disputas pelas vagas ganhem contornos diferentes do que ocorre nas outras cinco cortes.
O tribunal atrai interesse de políticos por tratar de assuntos que envolvem diretamente decisões tomadas pela administração pública. Foi o TRF-1, por exemplo, que decidiu suspender a investigação que a Polícia Federal abriu contra o delegado Bruno Calandrini, que pediu a prisão do ex-ministro da Educação, Milton Ribeiro e de outros suspeitos envolvidos em um suposto esquema de corrupção no MEC.
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