O presidente Jair Bolsonaro lamentou neste domingo, 4, as mortes ocorridas em ataques a tiros nos últimos dias nos Estados Unidos, mas repetiu que o desarmamento não é a saída para evitar esse tipo de tragédia.
"Eu lamento, e já aconteceu no Brasil também", afirmou, ao deixar o Palácio do Alvorada. "Mas não é desarmando o povo que você vai evitar isso. No papel, o Brasil é extremamente desarmado e já aconteceu coisa semelhante aqui", acrescentou.
Nos últimos dias, três ataques a tiros aconteceram nos EUA. Pelo menos 20 pessoas morreram no Texas, no sábado, 3, em Ohio houve ao menos nove vítimas neste domingo e outras três morreram em um incidente na Califórnia na segunda-feira, 29.
Em maio, Bolsonaro assinou decreto para facilitar o porte de arma de fogo no Brasil e aumentou o rol de armamentos considerados de uso permitido, ao ampliar o limite de energia de disparo de 407 para 1.620 joules. A mudança possibilitou acesso a calibres como .40 e 9 mm, antes classificados como de uso restrito, e a armas mais pesadas, entre elas carabinas e determinados tipos de fuzis.
Contestado na Justiça e alvo de derrotas no Congresso, o decreto ganhou novas versões depois, mas na última edição, de junho, a potência permanece a mesma. Em paralelo, o texto incorporou regra de que o Exército teria 60 dias para definir, arma a arma, qual deveria ser restrita.
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