Em meio a discussão sobre a reforma política que deve ser votada na próxima terça-feira (22) na Câmara dos Deputados em Brasília, os representantes piauienses têm se dividido em relação aos pontos mais polêmicos da mudança, como o ‘distritão’. O deputado estadual Luciano Nunes (PSDB), em entrevista ao GP1, defendeu o ‘distritão’, ao contrário da deputada estadual Flora Izabel (PT) e da vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (Progressistas).
- Foto: Priscila Caldas/GP1Luciano Nunes
Para o Tucano, o distritão, que propõe o fim das eleições proporcionais, seria uma medida de transição para o modelo que, segundo ele, é o ideal: o sistema distrital misto, que estabelece que metade dos candidatos seja eleita de maneira majoritária, e outra metade de forma proporcional.
“O modelo que eu defendo é o voto distrital misto. Como não podemos aplicá-lo na próxima eleição por uma questão de tempo, nós podemos adotar uma regra de transição, que é o distritão. Eu particularmente não vejo nada de mais em relação ao distritão, não o vejo piorando o que nós temos. A população recebe de forma simpática, porque vai eleger os mais votados, uma regra bem clara, pois hoje as pessoas não entendem como um candidato que teve menos votos é eleito em detrimento do que teve mais votos”, afirmou.
Luciano Nunes avalia que a reforma se faz urgente, considerando a conjuntura do Brasil. “Nós precisamos de uma reforma, nosso sistema esgotou, faliu, e muito do que está acontecendo no Brasil hoje é decorrente desse fracasso no nosso sistema”, finalizou.
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