O deputado federal Marcelo Castro (PMDB) concedeu entrevista ao Jornal Agora, da TV Meio Norte, na tarde desta segunda-feira (19) e tratou da questão envolvendo discussões sobre a vaga de vice na chapa do governador Wellington Dias, um possível apoio do PMDB ao prefeito Firmino Filho, caso concorra ao Governo, e o seu voto em relação à autorização ou não da Câmara para que o presidente Michel Temer seja processado por corrupção e tentativa de obstrução da Justiça.
Em relação à vaga de vice, o parlamentar afirmou que não existe o compromisso com o Governador para que o PMDB indique o candidato a vice: “Não há esse compromisso, essa obrigatoriedade, nós temos o entendimento com o governador Wellington Dias de participar do governo dele e de trabalhar pela reeleição dele”, pontuou.
No entanto, para o deputado, não seria justo que o PMDB ficasse de fora da disputa: “O PMDB é um grande partido do estado do Piauí, evidente que tem quatro vagas majoritárias em disputa, governador, vice e dois de senadores, não seria razoável que um partido da envergadura eleitoral do PMDB ficasse de fora, a preferência do PMDB já manifestada por vários membros é a vice, mas não quer dizer que isso seja compromisso, não se trata disso, e nem há esse compromisso por parte do Wellington Dias e das outras forças políticas”, afirmou.
- Foto: Lucas Dias/ GP1Marcelo Castro, deputado federal
Questionado se o PMDB apoiaria Firmino Filho, caso ele disputasse o Governo em 2018, já que o seu vice, Luiz Júnior (PMDB), assumiria a prefeitura, Castro respondeu: “Não faço a menor ideia de como Firmino vai se comportar, mas o PMDB já tem sua decisão, o PMDB já decidiu participar do Governo Wellington Dias e votar no Wellington em 2018, foi a coisa que eu mais alertei ao partido na hora de tomar essa decisão, ‘olha gente, nós estamos indo para o Governo participar da administração e em consequência votar no Wellington Dias pra governador’. Não faz o menor sentido o partido que está fora do Governo, no 3º ano de mandato do governador, participar da administração e no ano da eleição voltar atrás e sair do Governo. Se a ideia fosse essa a probabilidade seria, mais cômodo, ficar onde estávamos, fora do Governo, nós fizemos um compromisso político, participar da administração do Governo e em consequência votar nele para governador”, garantiu.
Michel Temer
O presidente Michel Temer deve ser denunciado pela Procuradoria Geral da República por corrupção e tentativa de obstrução à Justiça, e a Câmara dos Deputados vai decidir se autoriza ou não que o presidente seja processado.
Marcelo Castro disse que se houver provas ele vai votar para que o presidente seja processado: “A gente precisa ver a comprovação, os fundamentos, eu votei contra o impeachment da Dilma por uma série de fatores, mas o fator principal foi que não havia provas, se tiver a prova dele [Michel Temer] ou de qualquer outro, nós [Câmara] somos obrigados a autorizar, por que se não seríamos coniventes com o erro, com a falcatrua, não estou dizendo que seja o caso, mas nós temos que aguardar pra saber como vem a denúncia”, finalizou.
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