O escândalo envolvendo Michel Temer (PMDB) tem repercutido negativamente de diversas maneiras contra o presidente da república. Ele, que trabalha para aprovar duas reformas polêmicas no Congresso Nacional, começa a perder aliados. O PSB anunciou sua saída da base aliada e agora defende a realização de eleições diretas.
O anúncio foi feito neste sábado (20) pelo presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, e o secretário-geral do partido, José Renato Casagrande após uma reunião realizada pelos membros da executiva nacional em Brasília. Carlos Siqueira afirmou que o partido decidiu tomar essa decisão por entender que o melhor para o país é a renúncia de Temer, mesmo o PSB sendo o responsável pela indicação do ministro de Minas e Energias, Fernando Bezerra.
- Foto: Facebook/Carlos SiqueiraCarlos Siqueira
"Nós nunca fomos governo porque, desde o começo, nos negamos a indicar cargos, muito embora tenha o ministro indicado por setores do partido. Mas a decisão de hoje, primeiro, é sugerir ao presidente que, para facilitar a solução para o nosso país, que ele renuncie o mais rápido possível. Segundo, foi referendado meu ato de já ter assinado o impeachment contra o presidente Temer com outros partidos", declarou Carlos Siqueira.
Casagrande explicou que irá defender no Congresso a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pede a realização de eleições diretas e explicou que “quem conclui que o presidente não tem mais condições de liderar um projeto nacional se coloca de fato na oposição", disse o secretário geral e ex-governador do Espírito Santo ao G1.
Investigação contra Temer
Os irmãos da Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS, em delação premiada, afirmaram para a Procuradoria-Geral da República (PGR) que gravaram Michel Temer dando aval para comprar o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato. O Supremo Tribunal Federal já instaurou inquérito para investigar o presidente.
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