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Ciro não acredita que escândalos vão afetar Michel Temer

""Acho que não. Temos que separar o joio do trigo, a justiça tem que ser a mais célere possível, apontar quem são os culpados, para que possamos punir exemplarmente"", disse.

O senador Ciro Nogueira (PP) refutou nesta sexta-feira (17) a possibilidade de uma eleição direta no país, que é uma tese defendida por muitos petistas que acreditam que mesmo que houvesse a possibilidade de Dilma Rousseff (PT) voltar ao governo, ela não conseguiria se manter até o fim do mandato.

“Quem defende eleição direta está cometendo uma irresponsabilidade, pois não está prevista na Constituição. Essa história que a Dilma vai voltar para ter nova eleição é uma balela, uma mentira. Para que tenha uma nova eleição Temer tem que renunciar, então não existe esse instrumento na constituição”, disse. Questionado sobre a possibilidade de Dilma reverter o impeachment, ele afirmou que isso é “praticamente impossível”.
Imagem: Lucas Dias/GP1Ciro Nogueira(Imagem:Lucas Dias/GP1)Ciro Nogueira
Ele explicou que não acredita que o partido vai ficar prejudicado por ter apoiado o impeachment. “Acredito que não, o país inteiro sabe entender a situação do Partido Progressista. Nós do Piauí não queríamos isso, mas temos que seguir a decisão partidária e assumimos essa posição. Acho que o país se encontra em um momento onde não tem mais como retroceder, é insistir para que dê certo” explicou. 
Imagem: Lucas Dias/GP1Ciro Nogueira(Imagem:Lucas Dias/GP1)Ciro Nogueira

Governo Temer


“É um governo interino, que existe toda uma expectativa , tem uma base sólida no Congresso, mas é um governo que precisa ser consolidado com a votação do impeachment”, disse o parlamentar.

Ele ainda disse não acreditar que os atuais escândalos no governo prejudiquem Temer. “Acho que não. Temos que separar o joio do trigo, a justiça tem que ser a mais célere possível, apontar quem são os culpados, para que possamos punir exemplarmente quem tem culpa no cartório e isentar pessoas que são acusadas injustamente”, defendeu o senador que afirmou que “na última eleição presidencial todos os candidatos, Marina, Aécio, Dilma, o próprio Eduardo Campos foram citados. Hoje a política nacional está com falta de credibilidade por causa dessas denúncias, o que precisa é que a Justiça, o Ministério Público e a Polícia Federal dar uma resposta rápida. Denúncia tem em todos os partidos”.

Delação premiada

Para o senador é preciso que a delação não seja usada de forma irresponsável. “Delação é instrumento novo e fantástico para se esclarecer muitas denúncias, mas temos que aguardar, porque a delação em si não é prova, muitos delatores querem escapar das penas. Delator são réus confessos, não são santos, são pessoas que cometeram seus crimes e estão delatando eles. É preciso ter provas para que tenha algum efeito, daqui a pouco todo mundo delata e ninguém é preso”, destacou.



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