A Controladoria-Geral da União (CGU) está investigando possíveis irregularidades na contratação da empresa R7 Facilities pelo Ministério da Gestão e da Inovação no Governo Lula. A companhia, registrada em nome de um suposto laranja da periferia de Brasília, é suspeita de uso de declarações falsas e fraude em licitações.
A R7 venceu um dos maiores certames do setor nos últimos anos, garantindo um contrato para fornecer 1,2 mil funcionários terceirizados a 12 ministérios pelo período de três anos. O valor previsto inicialmente para os serviços era de R$ 383,1 milhões, mas a empresa ofereceu a proposta mais baixa, no valor de R$ 321 milhões, superando outras 40 concorrentes. No dia 8 de janeiro, o Ministério da Gestão classificou a R7 como "aceita e habilitada", dando continuidade ao processo.
Embora o governo tenha afirmado que a empresa não possui condenações que impeçam sua participação em licitações, a CGU investiga a origem da R7 e suas operações. O proprietário registrado, Gildenilson Braz Torres, técnico em contabilidade, residia em uma casa simples no Distrito Federal. Apesar disso, desde 2019, sua empresa já acumulou R$ 696,8 milhões em contratos com o governo federal.
O advogado da R7 Facilities nega qualquer irregularidade, alegando que a empresa atua de forma legal e vence licitações regularmente. Ele afirmou desconhecer as suspeitas levantadas pela CGU e classificou as denúncias como ataques de concorrentes. Segundo ele, todos os esclarecimentos já foram prestados às autoridades.
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