Em uma decisão unilateral tomada sem consultar os colegas, o presidente da Câmara Municipal de Picos, Hugo Victor Saunders Martins (PMDB), suspendeu a sessão ordinária ontem (20) em respeito à morte do empresário Cássio Roberto Lopes Holanda.
O empresário era casado com uma prima do vereador Hugo Victor e faleceu anteontem à noite em Teresina aos 53 anos de idade vítima de problemas cardíacos. O corpo foi sepultado na manhã desta sexta-feira, 21, na localidade Angico Branco, zona rural do município.
Esta é a segunda vez em um mês que o presidente da Câmara Municipal de Picos suspende a sessão ordinária por causa da morte de alguém. No último dia 16 de maio os trabalhos foram cancelados em razão da morte do ex-prefeito de Francisco Santos, Sebastião Nobre Guimarães, pai do vereador Antonio Afonso Santos Guimarães (PP).
A decisão de Hugo Victor em suspender a sessão desta quinta-feira, 20, causou protestos da bancada da oposição, atualmente reduzida a quatro representantes. A vereadora Maria de Fátima Lacerda Sá Barros (PSDB) era a mais indignada e não poupou críticas ao presidente da Câmara Municipal de Picos.
“Foi uma decisão monocrática do presidente, sem nenhum ato oficial. Tenho o maior respeito à pessoa que morreu, o Cássio. Era um amigo, micro-empresário, mas nem por isso poderia deixar de haver a sessão”, condenou Fátima Sá.
Segundo a vereadora, os servidores da casa recebem um salário mínimo e passam 30 dias trabalhando, enquanto os vereadores realizam uma sessão por semana. “Então, se banalizou o ato de suspender as sessões. Quem será o próximo a morrer para não ter sessão? É um ato de ignorância do presidente”, alfinetou.
Plenário fechado
Fátima Sá disse que não foi consultada pelo presidente a respeito do cancelamento da sessão e ainda pela manhã, tentou articular com alguns colegas que viessem, mas o apelo não surgiu efeito. Além dela, compareceram apenas os vereadores Antonio Afonso Santos Guimarães (PP) e José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (PSB).
Ao chegar à Câmara de Picos por volta das 15h a vereadora Fátima Sá disse que encontrou o plenário e as dependências do Palácio Helvído Nunes Fechadas. “Foi preciso chamar o vigilante para abrir a porta para que pudesse adentrar ao meu gabinete. Até o carro de som da Rádio Cultura, que faz a transmissão da sessão, não estava, como se fosse um recado: o presidente da Câmara não se encontra não haverá sessão. Agora por quê? Porque a pessoa que faleceu é primo da sua esposa?”, questionou.
Em nota a imprensa a Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Picos explicou que o presidente da casa e demais membros do poder, decidiram não realizar a sessão consternados com o falecimento do empresário Cássio Roberto Lopes Holanda.
Projetos
Em razão do cancelamento da sessão desta quinta-feira, 20, várias matérias importantes que estavam em pauta deixaram de ser discutidas e votadas, dentre elas dois projetos de lei do Executivo. O primeiro que institui o Código Ambiental de Picos, os mecanismos de melhoria da qualidade ambiental e constitui o sistema municipal de meio ambiente. O outro que cria o Fundo Municipal do Meio Ambiente-Fama e institui o seu conselho gestor.
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Imagem: José Maria Barros/GP1
Hugo Victor suspende sessão por causa da morte de empresarío casado com sua prima
![Hugo Victor suspende sessão por causa da morte de empresarío casado com sua prima(Imagem:José Maria Barros/GP1) Hugo Victor suspende sessão por causa da morte de empresarío casado com sua prima(Imagem:José Maria Barros/GP1)](http://www.gp1.com.br/images/hugo-victor-suspende-sessao-por-causa-da-morte-de-empresario-casado-com-sua-prima-192164.jpg)
O empresário era casado com uma prima do vereador Hugo Victor e faleceu anteontem à noite em Teresina aos 53 anos de idade vítima de problemas cardíacos. O corpo foi sepultado na manhã desta sexta-feira, 21, na localidade Angico Branco, zona rural do município.
Esta é a segunda vez em um mês que o presidente da Câmara Municipal de Picos suspende a sessão ordinária por causa da morte de alguém. No último dia 16 de maio os trabalhos foram cancelados em razão da morte do ex-prefeito de Francisco Santos, Sebastião Nobre Guimarães, pai do vereador Antonio Afonso Santos Guimarães (PP).
Imagem: José Maria Barros/GP1
Assíduo nas sessões Mestre Brás esperou em vão à presença dos vereadores
![Assíduo nas sessões Mestre Brás esperou em vão à presença dos vereadores(Imagem:José Maria Barros/GP1) Assíduo nas sessões Mestre Brás esperou em vão à presença dos vereadores(Imagem:José Maria Barros/GP1)](http://www.gp1.com.br/images/assiduo-nas-sessoes-mestre-bras-esperou-em-vao-a-presenca-dos-vereadores-192166.jpg)
A decisão de Hugo Victor em suspender a sessão desta quinta-feira, 20, causou protestos da bancada da oposição, atualmente reduzida a quatro representantes. A vereadora Maria de Fátima Lacerda Sá Barros (PSDB) era a mais indignada e não poupou críticas ao presidente da Câmara Municipal de Picos.
“Foi uma decisão monocrática do presidente, sem nenhum ato oficial. Tenho o maior respeito à pessoa que morreu, o Cássio. Era um amigo, micro-empresário, mas nem por isso poderia deixar de haver a sessão”, condenou Fátima Sá.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Vereadora Fátima Sá condena decisão do presidente
![Vereadora Fátima Sá condena decisão do presidente(Imagem:José Maria Barros/GP1) Vereadora Fátima Sá condena decisão do presidente(Imagem:José Maria Barros/GP1)](http://www.gp1.com.br/images/vereadora-fatima-sa-condena-decisao-do-presidente-192165.jpg)
Segundo a vereadora, os servidores da casa recebem um salário mínimo e passam 30 dias trabalhando, enquanto os vereadores realizam uma sessão por semana. “Então, se banalizou o ato de suspender as sessões. Quem será o próximo a morrer para não ter sessão? É um ato de ignorância do presidente”, alfinetou.
Plenário fechado
Fátima Sá disse que não foi consultada pelo presidente a respeito do cancelamento da sessão e ainda pela manhã, tentou articular com alguns colegas que viessem, mas o apelo não surgiu efeito. Além dela, compareceram apenas os vereadores Antonio Afonso Santos Guimarães (PP) e José Rinaldo Cabral Pereira Filho, o Rinaldinho (PSB).
Imagem: José Maria Barros/GP1
Corredores da Câmara ficaram vazios
![Corredores da Câmara ficaram vazios(Imagem:José Maria Barros/GP1) Corredores da Câmara ficaram vazios(Imagem:José Maria Barros/GP1)](http://www.gp1.com.br/images/corredores-da-camara-ficaram-vazios-192167.jpg)
Ao chegar à Câmara de Picos por volta das 15h a vereadora Fátima Sá disse que encontrou o plenário e as dependências do Palácio Helvído Nunes Fechadas. “Foi preciso chamar o vigilante para abrir a porta para que pudesse adentrar ao meu gabinete. Até o carro de som da Rádio Cultura, que faz a transmissão da sessão, não estava, como se fosse um recado: o presidente da Câmara não se encontra não haverá sessão. Agora por quê? Porque a pessoa que faleceu é primo da sua esposa?”, questionou.
Imagem: José Maria Barros/GP1
Porta de acesso as dependências da Câmrara estava fechada
![Porta de acesso as dependências da Câmrara estava fechada(Imagem:José Maria Barros/GP1) Porta de acesso as dependências da Câmrara estava fechada(Imagem:José Maria Barros/GP1)](http://www.gp1.com.br/images/porta-de-acesso-as-dependencias-da-camrara-estava-fechada-192168.jpg)
Em nota a imprensa a Assessoria de Comunicação da Câmara Municipal de Picos explicou que o presidente da casa e demais membros do poder, decidiram não realizar a sessão consternados com o falecimento do empresário Cássio Roberto Lopes Holanda.
Projetos
Em razão do cancelamento da sessão desta quinta-feira, 20, várias matérias importantes que estavam em pauta deixaram de ser discutidas e votadas, dentre elas dois projetos de lei do Executivo. O primeiro que institui o Código Ambiental de Picos, os mecanismos de melhoria da qualidade ambiental e constitui o sistema municipal de meio ambiente. O outro que cria o Fundo Municipal do Meio Ambiente-Fama e institui o seu conselho gestor.
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