Na audiência pública que tratou da poluição do rio Poti, realizada nesta quinta-feira (22) na Câmara Municipal de Teresina, vereadores e gestores de órgãos do meio ambiente aprovaram uma proposta da vereadora Teresa Britto (PV) cobrando da Prefeitura de Teresina punição para pessoas que fizeram e fazem ligações clandestinas de seus esgotos em galerias pluviais. A proposta surgiu após os gestores alertarem para uma medida enérgica para esse que é o maior problema de poluição dos rios Poti e Parnaíba.
A solicitação será feita pela comissão permanente que foi constituída na Câmara Municipal para tentar solucionar a poluição dos rios, inclusive por meio de ações colegiadas das Secretarias do Meio Ambiente do Estado e do Município e do Ibama. Teresa Britto sugeriu a criação de um termo de cooperação técnica para que, a curto prazo, haja a limpeza do Rio Poti. “Vamos elaborar o relatório dessa audiência para os Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente, para os membros do Senado e da Câmara Federal para que eles se atentem para o nosso problema e busquem soluções. Se a gente não discute e não cobra, as ações não acontecem”, ressaltou a vereadora.
O secretário municipal de Meio Ambiente, Deocleciano Guedes, se colocou à disposição, mas defendeu medidas permanentes e não paliativas. Durante a sessão, Deocleciano Guedes fez um desabafo e garantiu que enquanto não houver apoio político-administrativo da Prefeitura de Teresina para as ações do Meio Ambiente, sobretudo com medidas punitivas para quem criar ligações clandestinas de esgotos nas galerias, os rios continuarão a ser poluídos.
“Eu não acredito em medidas paliativas. Se for com papo e não doer no bolso e moralmente, não sai do lugar, não faz mesmo e o problema vai voltar sempre. Educação ambiental passa pela educação do bolso. As casas hoje são construídas ligadas diretamente nas galerias pluviais, poluindo ainda mais o rio, assim como casas antigas. A galeria deveria jogar água da chuva no rio, mas joga os esgotos que vêm das casas. A Prefeitura não pode permitir isso e precisa agir, inclusive punindo quem faz esse tipo de ligação, enquanto não houver isso o rio vai continuar nessa situação por muito tempo”, reclamou o secretário.
Deocleciano lembrou que quando foi pedido o licenciamento para a obra da galeria do bairro Promorar, ele afirmou na ocasião que daria a autorização se todas as bocas de esgotos jogados nas galerias fossem fechadas. “Se essa medida fosse tomada, as fezes voltariam para as casas das pessoas e isso seria a maior confusão. Politicamente é muito ruim, mas para o meio ambiente é necessário e obrigatório. Enquanto não houver medidas como essa, o problema não será resolvido”, criticou.
O gerente de Educação Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Marcelo Amorim, compartilhou da ideia. Saneamento básico e resíduos sólidos, se não forem atingidos, o problema não vai ser resolvido. Se fala em esgoto no rio, mas não tem sentido, deve-se falar em galerias. Aquilo inclusive é uma ação criminosa, porque essas pessoas que fazem isso não estão preocupadas com o que está acontecendo [jogar esgoto nas galerias]. A lei diz que as instituições precisam agir, que é ter coragem de enfrentar isso, fiscalizar e multar as pessoas”, afirmou Amorim.
Barragem de Castelo
A falta de barragem no Rio Poti foi outro problema levantado. Segundo o secretário do meio ambiente de Teresina, Deocleciano Guedes, a falta de barragens do Rio Poti, no território piauiense, prejudica o fluxo das águas do rio e contribui para a maior proliferação dos aguapés e canaranas. Esse problema só poderá ser resolvido, segundo o gestor, com a união das bancadas municipal, estadual e federal para obtenção de recursos direcionados à construção da barragem do Castelo.
A obra é necessária para a acumulação das águas das chuvas e favorecendo periodicamente a vazão das águas do Rio Poti e, assim, dificultando a concentração dos nutrientes e proliferação dos aguapés e canaranas. A comissão permanentes também solicitará audiência com a bancada federal para se unir na busca por recursos. "Temos vereadores que tem contato com lideranças de seus partidos em outros estados que podem ajudar na busca por recursos", explicou Teresa Britto.
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A solicitação será feita pela comissão permanente que foi constituída na Câmara Municipal para tentar solucionar a poluição dos rios, inclusive por meio de ações colegiadas das Secretarias do Meio Ambiente do Estado e do Município e do Ibama. Teresa Britto sugeriu a criação de um termo de cooperação técnica para que, a curto prazo, haja a limpeza do Rio Poti. “Vamos elaborar o relatório dessa audiência para os Ministérios das Cidades e do Meio Ambiente, para os membros do Senado e da Câmara Federal para que eles se atentem para o nosso problema e busquem soluções. Se a gente não discute e não cobra, as ações não acontecem”, ressaltou a vereadora.
Imagem: DivulgaçãoAudiência pública na Câmara
O secretário municipal de Meio Ambiente, Deocleciano Guedes, se colocou à disposição, mas defendeu medidas permanentes e não paliativas. Durante a sessão, Deocleciano Guedes fez um desabafo e garantiu que enquanto não houver apoio político-administrativo da Prefeitura de Teresina para as ações do Meio Ambiente, sobretudo com medidas punitivas para quem criar ligações clandestinas de esgotos nas galerias, os rios continuarão a ser poluídos.
“Eu não acredito em medidas paliativas. Se for com papo e não doer no bolso e moralmente, não sai do lugar, não faz mesmo e o problema vai voltar sempre. Educação ambiental passa pela educação do bolso. As casas hoje são construídas ligadas diretamente nas galerias pluviais, poluindo ainda mais o rio, assim como casas antigas. A galeria deveria jogar água da chuva no rio, mas joga os esgotos que vêm das casas. A Prefeitura não pode permitir isso e precisa agir, inclusive punindo quem faz esse tipo de ligação, enquanto não houver isso o rio vai continuar nessa situação por muito tempo”, reclamou o secretário.
Deocleciano lembrou que quando foi pedido o licenciamento para a obra da galeria do bairro Promorar, ele afirmou na ocasião que daria a autorização se todas as bocas de esgotos jogados nas galerias fossem fechadas. “Se essa medida fosse tomada, as fezes voltariam para as casas das pessoas e isso seria a maior confusão. Politicamente é muito ruim, mas para o meio ambiente é necessário e obrigatório. Enquanto não houver medidas como essa, o problema não será resolvido”, criticou.
O gerente de Educação Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente, Marcelo Amorim, compartilhou da ideia. Saneamento básico e resíduos sólidos, se não forem atingidos, o problema não vai ser resolvido. Se fala em esgoto no rio, mas não tem sentido, deve-se falar em galerias. Aquilo inclusive é uma ação criminosa, porque essas pessoas que fazem isso não estão preocupadas com o que está acontecendo [jogar esgoto nas galerias]. A lei diz que as instituições precisam agir, que é ter coragem de enfrentar isso, fiscalizar e multar as pessoas”, afirmou Amorim.
Barragem de Castelo
A falta de barragem no Rio Poti foi outro problema levantado. Segundo o secretário do meio ambiente de Teresina, Deocleciano Guedes, a falta de barragens do Rio Poti, no território piauiense, prejudica o fluxo das águas do rio e contribui para a maior proliferação dos aguapés e canaranas. Esse problema só poderá ser resolvido, segundo o gestor, com a união das bancadas municipal, estadual e federal para obtenção de recursos direcionados à construção da barragem do Castelo.
A obra é necessária para a acumulação das águas das chuvas e favorecendo periodicamente a vazão das águas do Rio Poti e, assim, dificultando a concentração dos nutrientes e proliferação dos aguapés e canaranas. A comissão permanentes também solicitará audiência com a bancada federal para se unir na busca por recursos. "Temos vereadores que tem contato com lideranças de seus partidos em outros estados que podem ajudar na busca por recursos", explicou Teresa Britto.
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