A Polícia Federal identificou pagamentos de propina que totalizam mais de R$ 170 milhões em contratos com órgãos públicos no Piauí, Maranhão, Pará e São Paulo. Os repasses foram intermediados pelo ex-prefeito de Santa Cruz da Vitória (BA), Carlos André Coelho, principal operador financeiro do esquema criminoso liderado pelo empresário Marcos de Oliveira, conhecido como “Rei do Lixo” da Bahia. Eles foram alvos da Operação Overclean, deflagrada em dezembro do ano passado.
Para o Piauí, o repasse foi de R$ 25.682.600,00; para o Maranhão o valor repassado foi de R$ 39.382.000,00; o Pará recebeu R$ 34.027.600,00; e a Prefeitura de São Paulo foi a que teve o maior repasse, R$ 71.178.600,00.
Na ocasião da deflagração da operação, os investigadores da PF encontraram, em um avião que transportava R$ 1,5 milhão, documentos que indicam os repasses ilícitos. O valor apreendido na aeronave é apontado como dinheiro de propina.
Segundo a PF, entre os documentos estava uma planilha indicando valores, entidades e pessoas e possíveis contratos com os Estados do Piauí, Maranhão, Pará e São Paulo, todos atrelados à sigla ‘CA’, que, de acordo com as investigações, se trata do nome de Carlos André Coelho, apontado como o operador financeiro do grupo criminoso. Ele foi preso no dia 23 de dezembro, mas foi solto pelo Tribunal Regional da 1ª Região no dia seguinte.
A investigação apura desvio de recursos e fraudes em contratos formalizados entre empresas e diversos órgãos públicos, entre eles, o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs), além de governos estaduais e municipais.
O empresário Marcos de Moura, o “Rei do Lixo”, foi preso no dia 13 de dezembro do ano passado, mas foi solto dias depois, no dia 19 de dezembro.
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