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Teresina - Piauí

Juiz manda advogado George Tajra para o banco dos réus por tentar matar policial civil

Decisão foi dada pelo juiz Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri.

O juiz Ronaldo Paiva Nunes Marreiros, da 1ª Vara do Tribunal Popular do Júri de Teresina, recebeu nesta quarta-feira (22) a denúncia do Ministério Público do Piauí contra o advogado George Moreira Tajra Melo. Ele é acusado de tentativa de homicídio duplamente qualificado contra o policial civil Jorge Antonio Pereira Lopes de Araújo Filho. O crime ocorreu em 14 de dezembro de 2024, por volta das 21h, no condomínio Noblesse Erla Rocha, em Teresina.

Após receber a denúncia, o magistrado determinou que George Tajra Melo deverá ser citado para apresentar sua defesa preliminar no prazo de dez dias, sendo advertido de que, caso não possa constituir advogado, um defensor público será nomeado para representá-lo.


Foto: ReproduçãoGeorge Moreira Tajra Melo
George Moreira Tajra Melo

O juiz também determinou que as testemunhas da acusação e defesa sejam intimadas para a audiência, com a advertência de que o não comparecimento pode resultar em responsabilização por desobediência e condução coercitiva. Caso as testemunhas não sejam localizadas, as partes serão notificadas, e novas diligências serão realizadas para localizá-las.

Entenda o caso

Segundo o relatório do delegado Jorge Terceiro, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o policial civil foi informado pelo síndico do condomínio sobre uma discussão no estacionamento envolvendo George Tajra e sua namorada. Ao intervir para acalmar os ânimos, Jorge foi atingido por dois golpes no pescoço, desferidos com uma faca pelo advogado. A vítima estava desarmada e tentava pacificar a situação. Após o ataque, George fugiu do local com duas bolsas, enquanto a mãe e familiares da namorada dele também deixaram o local.

Equipes policiais iniciaram buscas por George Tajra durante a madrugada, localizando-o ao sair de um hotel em Teresina. Ao perceber a aproximação dos agentes, o acusado tentou fugir de carro, mas foi interceptado após perseguição. Durante a abordagem, ele se recusou a sair do veículo, sendo necessário o uso de força para contê-lo. Junto com George, estava Marisa Marques, que tentou impedir a prisão ao afirmar ser assessora do Governo do Piauí e parente do governador Rafael Fonteles.

Marisa Marques foi autuada por favorecimento pessoal, desobediência e desacato após tentar impedir a ação policial. Durante a abordagem, ela ofendeu os agentes com xingamentos e tentou fisicamente afastá-los. George Tajra foi levado à Central de Flagrantes, onde permaneceu em silêncio durante o interrogatório. A mulher foi liberada após pagamento de fiança. No local da ocorrência, a polícia apreendeu uma faca que teria sido usada no ataque, e o objeto foi enviado para análise pericial.

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